CALAZAR EM CANAÃ: Sobe para 27 os casos em humanos no município

Imagem do Hospital Municipal Daniel Gonçalves Foto: Silvia Lopes

A Prefeitura de Canaã dos Carajás divulgou nesta sexta-feira (29) que em Canaã, já foram confirmados 27 casos de Leishmaniose em humanos. Apesar dos testes rápidos em cães disponíveis gratuitamente à comunidade e das demais ações municipais de prevenção, estar atento aos sintomas da doença é também uma importante atitude no combate à doença.

Segundo  a Secretaria de Saúde do Município, no surgimento dos sinais, a família deve evitar a automedicação e levar o paciente à unidade de saúde mais próxima de sua casa, imediatamente. As unidades de saúde da família atendem de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h.

Os donos dos animais devem realizar periodicamente os exames. O teste é gratuito e pode ser realizado de segunda à sexta-feira, de 8h às 12h, na Unidade de Vigilância em Zoonoses de Canaã, que fica na rua Constancia Lino, bairro Novo Horizonte 2. Para maiores informações, o cidadão deve entrar em contato com a unidade no número (94) 99150-4953.

Veja também: Irmão de Vereador é Internado vítima da doença; saiba mais

CALAZAR PARAUAPEBAS: Sobe para 41 os casos de leishmaniose visceral em humanos

CALAZAR: Canaã e Parauapebas já sacrificaram quase 1000 cães, vítimas do mosquito palha

Sintomas

A leishmaniose visceral, em algumas pessoas, não apresenta sintomas. Em outras, os sintomas podem incluir febre, perda de peso e inchaço do baço ou fígado. Em caso de leishmaniose tegumentar, os sintomas são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. 

Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose, ao sentirem os sintomas da doença devem procurar o serviço de saúde mais próximo a sua casa o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento.

Infecção

A transmissão acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos (mosquito palha, tatuquiras, biriguis, conhecidos popularmente) infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

Prevenção

Segundo a coordenadora da divisão de vigilância sanitária, a médica veterinária Wiliam Santos de Sousa, a higienização dos locais é a melhor ação preventiva. O mosquito palha procura materiais orgânicos para reproduzir: “a fêmea prefere depositar ovos em restos de lixo e alimentos, folhas secas, para que as larvas se alimentem. “Logo, ambientes inadequados tem grandes chances de abrigarem focos do mosquito”.

Tratamento

A leishmaniose Visceral  e Tegumentar tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.

No entanto, o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) traz riscos para a Saúde Pública por contribuir com a disseminação da doença, pois os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita, além do risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitos resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.

Atualmente a eutanásia de animais infectados pode ser utilizada para controle e combate a disseminação da doença.

Redação/Portal Canaã

Receba as notícias do Portal Canaã

Siga nosso perfil no Google News

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *