CALAZAR: Canaã e Parauapebas já sacrificaram quase 1000 cães, vítimas do mosquito palha

A Prefeitura de Canaã dos Carajás divulgou nesta terça-feira (22)  os números oficiais dos casos de Calazar no Município, em humanos, que já se somam 22 casos,  e cães, onde 395 confirmaram a doença transmitida pelo mosquito palha.

Já em Parauapebas, se confirmam 36 casos da doença em humanosmais de 300 em cães foram confirmados pelo órgão pela Secretária de Saúde do município.

Em Parauapebas, assim como Canaã dos Carajás, sacrificam os animais com eutanásia após confirmação que o animal está infectado, são respaldados por uma portaria do Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina Veterinária que orientam tal procedimento.

Os números mostram os sacrificados oficialmente pelos órgãos de saúde, muitos são os casos de donos que fazem o procedimento por conta própria e não são contabilizados. Alguns deles tomam a decisão a espera de resultado de exames, que demoram quase 1 mês para para chegar.

Sem saber o que fazer e, com medo de consequências ao manter o animal vivo em sua residência, os proprietários optam por sacrificar os animal, temendo que a situação piore.

Calazar é uma doença sem saída na rede pública, caso queira insistir, os donos de animais precisam  recorrer ao atendimento privado.

Os cães são apenas vítimas, assim como os humanos, afirmou o Coordenado de Vigilância em saúde do Município ao Portal Canaã.

A Calazar tem Cura, porém Cara

Existe, no entanto, tratamento para a doença nos animais. Um animal de 10 quilos, em media, custa por mês, custa 1200 reais.

Segundo uma reportagem na Folha de São Paulo, o remédio tem cus­to elevado, entre R$ 700 e R$ 1.800. O tratamento envolve um coquetel de ou­tros medicamentos, como antibióticos, suplementos e vitaminas, além do uso de repelentes. Ainda que o animal reaja bem ao tratamento, exames periódicos são necessários para monitorá-lo.

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Alerta

O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) traz riscos para a Saúde Pública por contribuir com a disseminação da doença, pois os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita, além do risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitos resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento da leishmaniose visceral humana.

Infecção

A transmissão acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos (mosquito palha, tatuquiras, biriguis, conhecidos popularmente) infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

Prevenção

Segundo a coordenadora da divisão de vigilância sanitária, a médica veterinária Wiliam Santos de Sousa, a higienização dos locais é a melhor ação preventiva. O mosquito palha procura materiais orgânicos para reproduzir: “a fêmea prefere depositar ovos em restos de lixo e alimentos, folhas secas, para que as larvas se alimentem. “Logo, ambientes inadequados tem grandes chances de abrigarem focos do mosquito”.

Redação/Portal Canaã

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