Bolsonaro restabelece sistema de transposição do Tucuruí, no rio Tocantins

Composto por duas eclusas e um canal intermediário, sistema, que estava suspenso desde 2018 por problemas técnicos, é inaugurado por hospital flutuante
Foto: Divulgação / DNIT

O Governo Federal concluiu, na última semana, o restabelecimento do sistema de transposição do Tucuruí, composto por duas eclusas e um canal intermediário, no rio Tocantins. As eclusas estão localizadas entre o porto de Vila do Conde, próximo a Belém (PA), e a cidade de Marabá (PA), em um trecho de cerca de 500 quilômetros do rio. O serviço estava suspenso desde 2018, em função de problemas técnicos. Com a navegabilidade do rio, agora, será permitido o tráfego de comboios de até 20 mil toneladas de carga.

Cada eclusa tem 210 metros de comprimento, 33 metros de largura e 5 metros de calado (profundidade). A construção venceu um desnível de 72 metros de altura provocado pela construção da barragem da usina hidrelétrica de Tucuruí. As ações foram concentradas nas válvulas dos circuitos de adução (enchimento), restituição (esvaziamento) e nas portas mitra e guilhotina das câmaras – itens essenciais para o enchimento e esvaziamento das câmaras e execução das ações.

Na prática, a eclusa permite que as embarcações subam ou desçam rios ou mares em locais onde há desníveis (barragens, quedas de água ou corredeiras). Elas funcionam como degraus ou elevadores para navios: duas comportas separam os dois níveis do curso d’água.

A transposição acontece quando a embarcação precisa subir o rio. Assim, ela entra na eclusa e permanece na câmara. A comporta é, então, fechada e a câmara é enchida de água, causando a elevação da embarcação até que se atinja o nível do reservatório superior. A partir desse momento, a comporta do outro lado se abre e a embarcação sai da eclusa.

Uma das principais motivações para o reestabelecimento das eclusas foi a necessidade de transposição de uma Unidade Básica de Saúde Fluvial, em caráter emergencial, para auxiliar nas ações de combate ao coronavírus no município de Itupiranga (PA). O hospital foi construído em Manaus (AM), navegou pelo rio Tocantins, passou pelas eclusas e seguiu até cidade.

Além de levar saúde aos moradores que vivem na beira dos rios, o hospital flutuante agiliza o atendimento, pois diminui a necessidade de deslocamento até as cidades mais próximas. Dada a urgência da situação, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) antecipou o início dos serviços do contrato de diagnóstico, operação e manutenção das eclusas, focando na manutenção de equipamentos e sistemas prioritários para que a transposição fosse possível.

 

Com informações do Ministério da Infraestrutura.

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