No Pará, Deputados do PT e do PSOL se manifestam contra contingenciamentos da educação

Marinor Brito Foto: Alepa/Baltazar Costa

A paralisação em todo o país convocada pela União Nacional dos Estudantes – UNE e entidades estudantis diversas nesta quarta-feira (15/05), em protesto ao corte de 30% de recursos federais para a educação pública pelo Ministro da Educação Abraham Weintraub, do governo Jair Bolsonaro, teve repercussão em plenário da Assembleia Legislativa.

Os discursos foram  proferidos no horário de lideranças no plenário Newton Miranda. As manifestações públicas também foram convocadas por entidades sindicais de professores contra a reforma da previdência.

Para o deputado Carlos Bordalo (PT), o Brasil acordou sobressaltado com o anúncio das medidas de corte. Já a deputada Marinor Brito, líder do PSOL, vice presidente da Comissão de Educação da ALEPA, considerou como um ataque violento à educação pública. Os parlamentares em seus pronunciamentos manifestaram apoio à mobilização convocada.

As cifras anunciadas com os cortes pelo governo chegam a um montante de 7,9 bilhões de reais. “O anúncio significa um corte brutal no funcionamento nos programas de pesquisa e nas bolsas universitárias. Só aqui na UFPA para ser ter uma ideia, este corte poderá chegar a 54 milhões de reais, 26 bolsas de pesquisa já foram suspensas e poderão se perder”, informou Bordalo.

“Quem conhece a UFPA sabe da relevância na produção científica e acadêmica sobre a Amazônia no mundo. É essa representatividade que está sob perigo caso os cortes venham acontecer”, destacou o petista.

Marinor Brito, por sua vez, informou que as universidades federais sofrerão um corte de 2,26 bilhões de reais. “Inicialmente eram sobre quatro universidades, e que depois se estendeu para todas as universidades e a desculpa dada naquele momento pelo ministro é que o governo tinha decidido priorizar a educação infantil e básica”, considerou.

“E nós soubemos agora que também na educação básica haverá um corte na ordem de 43%, cerca de 2,42 bilhões, do Fundo Nacional para o Desenvolvimento na Educação – FNDE”, anunciou Bordalo. O FNDE financia a educação básica no Brasil. Para o petista a medida atingirá de uma forma brutal a vida de municípios, de milhões de pessoas, de professores e estudantes. “É uma crise civilizatória em uma área como a educação que joga o Brasil para séculos de retrocesso civilizatório”, disse.

A deputada Marinor Brito anunciou ainda que a medida do governo Bolsonaro atinge ainda os Institutos Tecnológicos, com um corte de aproximadamente 1,05 bilhões de reais. “O Instituto Federal aqui no Pará deve parar de funcionar por falta de recursos agora em setembro próximo”, denunciou, depois de ter ouvido a informação do diretor do IFPa.

São retirados recursos ainda do FIES – Fundo de Financiamento Estudantil, R$ 1,11 bilhões, e do CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, fundação vinculada ao Ministério da Educação.

Em Belém, os manifestantes se concentraram na Avenida Presidente Vargas e depois dos pronunciamentos seguiram em passeata à sede do Poder Legislativo do Estado. Lá foram recebidos por uma comissão formada pelos deputados Carlos Bordalo (PT); Marinor Brito (PSOL); Alex Santiago (PR);  Dirceu Ten Caten (PT), Igor Normando (Podemos); Professora Nilse Pinheiro (PRB); Ana Cunha (PSDB) e ainda pelo presidente da Casa, deputado Dr. Daniel Santos.

Texto: Carlos Boução / Assessoria de Imprensa e Divulgação da Alepa

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