No último dia 8, domingo, o Brasil presenciou mais um dia lamentável para a Democracia – a depredação, destruição do patrimônio público e o uso da violência como manifestação política – do que deveria ser pacífico e emblemático em favor das bandeiras e reivindicações feitas desde o acontecimento das últimas eleições.
Os manifestantes, que não reconhecem a vitória de Lula e fazem severas críticas ao processo eleitoral, especialmente a Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, chegaram ao ápice de indignação e, ocuparam os três poderes da república, incluindo a “casa do povo”, o Congresso Nacional, porém cometeram crimes, em ato que deveria ser histórico e propositivo para a história política brasileira.
No entanto, ao cometerem atos criminosos, que entre nós, não foi praticado pela maioria, e sim por minoria radical, abriram brechas para os adversários construírem e fortalecerem as mais variadas narrativas, que desprezam e apagam todo o histórico de reinvidicações contra censura, a parcialidade jurídica, o ativismo judicial, a impunidade, ‘comunismo’ e até mesmo o aparelhamento das instituições em prol de um projeto de poder em torno do Ptismo, alvo da maior operação contra a corrupção do Brasil.
Os manifestantes, ao invadirem e depredaram o patrimônio público de Brasília – que é crime – desencadearam o que a grande imprensa e líderes políticos de esquerda esperavam. Passaram a rotular os protestos em todo o Brasil de terrorismo, justificando o uso da força estatal para desmobilizar manifestações, que até então, aconteciam democraticamente.
Governadores, a exemplo o Pará, imediatamente, ao calor do acontecido em Brasília, aproveitou para aplicar sua vontade: a de por fim nas manifestações e mobilizações que ocorriam em frente aos quartéis. O mesmo aconteceu em vários estados, governados por simpatizantes do atual governo.
Alexandre Moraes, presidente do TSE, o pivô de todo o problema, por tomar decisões monocráticas cerceando deputados, líderes políticos e jornalistas por criticarem ou questionem sua atuação frente às eleições de 2022, imediatamente ordenou a desmobilização dos manifestantes, o afastamento do secretário de segurança e até mesmo do governador de Brasília, após o ocorrido. Mostrando sua arbitrariedade e controle sobre as manifestações.
O Presidente Lula, o alvo político de todo o problema, também, imediatamente, decretou intervenção federal na segurança de Brasília. Incriticável, a decisão do Presidente foi recebida por toda imprensa e militância como assertiva em reprimir todas as manifestações contra o atual governo, em razão da invasão ao Congresso.
O Brasil, hoje, vive o maior acirramento e polarização política já vista. E, um grande perigo: a classe que reprime, censura e vive em busca de uma hegemonia de pensamento está no Planalto e, no quarto poder.
O erro gritante e emblemático, que já ocorreu em passado recente da história política brasileira, demostra um descontentamento social à classe política e ao judiciário brasileiro, que não corresponde, em parte, o anseio da vontade popular.
Pro fim, o vandalismo de hoje, não pode ou deve, servir de pretexto, amanhã, contra manifestações popular contrárias ao abuso de poder, a impunidade política, a corrupção, ao cerceamento de liberdades e decisões que venham prejudicar a sociedade. Democracia é sinônimo de contraditório, manifestação, opinião e protestos do povo, que nunca deixaram de acontecer.
Até mais!