Canaã dos Carajás está prestes a testemunhar uma batalha política intensa, uma verdadeira “guerra fria” já está aquecendo os bastidores do cenário político local. Uma atmosfera de tensão e rivalidade está tomando conta do do município. A mais recente reviravolta foi protagonizada por Jeová, que após anunciar sua corajosa pré-candidatura a prefeito, migrou para o PL e perdeu a chance de ser deputado estadual, onde era primeiro suplente.
O palco está quase montado para um confronto eleitoral que promete redefinir a trajetória política da região. Um racha que vem desde o legislativo municipal ao executivo.
O que torna disputa ainda mais interessante é o fato de que os oponentes são justamente a “Criatura” e o “Criador”: Josemira Gadelha x Jeová Andrade devem se enfrentar nas urnas.
Será um futuro que nem os experientes estão conseguindo prever. Alguns apostaram – literalmente – muito dinheiro e, perderam, por acreditar em um futuro previsível que não se concretizou.
De um lado está, Jeová Andrade, com seu pioneirismo e legado político de ter transformado Canaã dos Carajás em seus dois mandatos consecutivos. Jeová tem mantido uma abordagem amigável, apesar de todos saberem do seu real motivo: derrotar sua sucessora. Evita fazer críticas diretas, mas hora ou outra reivindica ações do atual governo como sendo suas.
Do outro lado está, Josemira Gadelha, a escolhida para estar onde está. Blindada, conquistou o público e uma grande popularidade. Seu trabalho de continuidade está agradando a população. Construiu sua identidade e conseguiu se desviar rapidamente da imagem política de seu mentor, que agora busca o retorno à cadeira mais importante do município.
Um fato que contribui ainda mais para a tensão da “guerra fria” é o aumento de parlamentares nas próximas eleições. A câmara passará a ter 15 vereadores, o que dá mais margem de articulações para os ‘comandantes’ que podem montar grupos maiores.
A cidade está polarizada, e as tensões políticas são notáveis, como se estivéssemos observando uma verdadeira “guerra fria” entre os envolvidos, que evitam se atacar mas estão construindo um poder bélico para a grande guerra que está por vir: as eleições municipais de 2024.
