Em um anúncio marcante para o setor de mineração, a Vale celebrou a conclusão bem-sucedida do teste de processamento para a primeira fase do projeto Salobo III. O complexo de Salobo, situado em Marabá, alcançou uma capacidade de processamento superior a 32 milhões de toneladas métricas por ano (Mtpa) ao longo de um período de 90 dias. Esta conquista se revela como um ponto de destaque no acordo de streaming de Salobo, estabelecido em parceria com a Wheaton Precious Metals Corp.
O projeto Salobo III, iniciado em 2019 com um investimento massivo de US$ 1,1 bilhão, está se revelando um empreendimento de sucesso. Com as plantas I e II somadas, a capacidade de processamento agora ultrapassa a marca de 32 Mtpa. Atualmente, o complexo está em processo de ramp-up, visando atingir a capacidade total de 36 Mtpa até o quarto trimestre de 2024.
Em uma declaração entusiasmada, Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale e Diretor do Conselho da Vale Base Metals, enfatizou a magnitude do sucesso alcançado: “A bem-sucedida implementação do projeto Salobo III representa um crescimento significativo em uma operação de primeira linha em nosso negócio de Metais para Transição Energética. Este êxito é resultado das melhorias na confiabilidade de Salobo e de um compromisso firme com a excelência operacional.”
Bartolomeo destacou ainda a posição estratégica da Vale na região de Carajás como uma alavanca vital para o futuro: “Nossa posição estratégica na região de Carajás é uma alavanca importante para aumentar nossa produção de cobre para 900 kt/ano ao longo da próxima década e fornecer produtos de alta qualidade para a transição energética global.”
Nos termos do acordo estabelecido com a Wheaton, Salobo será beneficiado com uma injeção de US$ 370 milhões pela conclusão da primeira fase do projeto de expansão Salobo III. O restante do pagamento será desencadeado assim que a Vale ampliar a capacidade para acima de 35 Mtpa por um período adicional de 90 dias. Adicionalmente, a Wheaton realizará pagamentos anuais substanciais, variando entre US$ 5,1 milhões e US$ 8,5 milhões, ao longo de 10 anos, contanto que o complexo Salobo continue a produzir dentro de determinadas faixas de teor de cobre.
Este anúncio coroa uma parceria estratégica estabelecida em 2015, quando a Vale e a Wheaton anunciaram um acordo de streaming de subprodutos. O acordo passou por ajustes em 2023, conforme detalhado no formulário 20-F da Vale, consolidando uma colaboração contínua que continua a impulsionar o setor de mineração.