Amazônia: Sinalização interpretativa implantada em trilhas amplia experiência na Floresta Nacional de Carajás

Visitantes de diversas partes do mundo estão vivenciando uma imersão pela Amazônia adentrando trilhas ecológicas na Floresta Nacional de Carajás e no Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, unidades de conservação, localizadas no sudeste do Pará e protegidas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Vale. Agora, duas dessas trilhas: a Lagoa da Mata e a Cachoeira de Águas Claras, em Parauapebas, receberam sinalização, que interpreta conteúdos observados durante a caminhada e expande o conhecimento e a vivência de estudantes, visitantes e turistas com o bioma amazônico.

O projeto de sinalização foi solicitado pelo ICMBio e executado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em convênio com a Vale. O trabalhou contou com a participação da prefeitura de Parauapebas, por meio das secretarias de Meio Ambiente e de Educação (setores de Educação Escolar Indígena e do Centro de Educação Ambiental (CEAP). Além da Cooperativa de Trabalho em Ecoturismo de Carajás (Cooperture) e das coordenações de Uso Público e socioambiental do ICMBio e do seu programa de voluntariado.

“As placas e a sinalização interpretativa ampliam o conhecimento, transformam a forma do visitante enxergar a vida na floresta e, também, contribuem para a construção de valores e sentidos de pertencimento ao bioma Amazônico”, diz a professora da UFRJ, Laísa Freire, coordenadora das atividades de educação ambiental no âmbito do Programa de Estudos da Flona de Carajás.
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Experiência

Ao longo de todo percurso, o visitante pode desfrutar de diversos atrativos como cavernas, mirantes, cachoeiras, lagoas, rios, a observação da vida silvestre e da flora. A sinalização traz informações sobre as interações ecológicas, o bioma, o uso da floresta e seus habitantes. O respeito à cultura ancestral é representado por um totem com a figura de homens e mulheres indígenas desenhadas por crianças das escolas indígenas da região em atividades didáticas.

Durante as trilhas, também, uma placa detalha sobre a Paxiúba, espécie da flora amazônica, que chega a ter 20 metros de comprimento e é usada pelo povo Xikrin para raspar e ralar alimentos. Mais à frente, é possível observar e ler sobre a serapilheira. Formada por folhas, galhos, frutos, sementes e dejetos de animais, ela contribui com o ciclo de geração de nutrientes.

Ao longo de todo percurso ainda há o convite para despertar os sentidos e vivenciar os cheiros, o olhar para a exuberância da vegetação e tato em um longo abraço nas árvores. As placas foram pensadas e construídas com a possibilidade do visitante interagir com elas tocando e movimentando suas peças, como forma de simbolizar a dinâmica da floresta, da caminhada e reflexão, que proporcionam uma vivência única para cada um.

A sinalização faz parte das atividades de educação ambiental desenvolvidas na região pela UFRJ. O objetivo do convênio é desenvolver conhecimentos sobre os ambientes aquáticos do bioma amazônico e difundir para a sociedade. Além do desenvolvimento das placas, oficinas de capacitação foram realizadas para a formação de educadores ambientais, professores e condutores autônomos credenciados pelo ICMBio para visitas guiadas nas duas trilhas.

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