Ramal do S11D é ocupado por moradores que alegam desacordos

Camponeses alegam que Vale não cumpre com acordos firmados.

Desde o início da semana perto de 60 camponeses acampam em ramal do maior projeto de mineração da Vale, o da Serra Sul (S11D), cravado na fronteira das cidades de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no sudeste paraense.

Eles reivindicam indenizações pelos danos provocados pelo extrativismo de minério de ferro. Eles são oriundos da fazenda Santo Antônio. Os camponeses alegam que a mineradora não cumpriu os pontos acordados no ano passado.

Entre os pontos constam: atraso no pagamento do aluguel das casas da famílias removidas, não pagamento de indenizações, garantia de reassentamento e casas para as famílias. Camponeses, indígenas, pequenos proprietários tendem a socializar os passivos sociais e ambientais induzidos pela implantação de grandes projetos na Amazônia.

Indígenas em desagregação

No caso específico das populações indígenas, tem ocorrido uma grande desagregação entre  as populações, que cada vez mais criam novos aldeamentos com o mero foco de alguma compensação pecuniária.

O fenômeno registrado em particular entre o povo Gavião, tem ocorrido com a  assessoria de advogados de índole duvidosa, como informam técnicos da moribunda Funai da região.

No caso da Funai de Marabá, conta com menos de 20 técnicos para atender diariamente perto de 90 aldeias, numa grande região geográfica sem nenhum veículo oficial funcionando. Todos os quatro veículos traçados estão danificados pelo uso intensivo.

Redação do Portal Canaã –  Mais informações no Blog Furo

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