Preço do cobre é o maior em 17 meses

O cobre chegou ontem (28) a sua maior cotação desde de junho de 2015, a US$ 2,69 a libra, ou US$ 5.874 a tonelada na bolsa de mercadorias de Londres (LME). Até ontem, o metal acumulou uma alta de 17,68% desde a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

“Os fatores específicos que explicam a flutuação na cotação de ontem são basicamente um forte aumento na demanda de fundos e investimento, particularmente chineses em operação de cobertura em commodities”, afirmou o diretor de Estudos e Políticas Públicas da Cochilco, Jorge Cantallopts.

De acordo com Cantallopts, além da demanda dos fundos de investimentos, “o lucro do setor industrial chinês, que cresceu a uma taxa anual de 9,8% em outubro devido às maiores vendas e aumento dos preços, sugere um fortalecimento da economia”, ressaltou.

Segundo especialistas, o suposto maior investimento em infraestrutura que será realizada pelo novo presidente norte-americano durante seu mandato também influenciou na alta da cotação do cobre. No entanto, eles afirmam que o verdadeiro aumento da cotação só será percebido quando Trump assumir o cargo no dia 20 de janeiro.

“Não sabemos bem o que vai acontecer com as políticas do próximo presidente dos Estados Unidos e, por isso, é preciso ter muito cuidado com prognósticos sobre este preço se manter assim em 2017”, declarou Gustavo Lagos, professor da Pontifícia Universidade Católica do Chile e especialista na commodity.

O metal sofreu, hoje (29), uma baixa de 1,6% na Comex, divisão de metais da New York Mercantille Exchange (Nymex), sendo cotado a US$ 2,62 a libra, contrato válido para março de 2017.

Projeções

Apesar do impulso que o cobre registrou nas últimas semanas, o mercado mantém as mesmas projeções para o fim deste ano. Segundo Cantallopts, “ainda não estão evidentes mudanças concretas nos fundamentos do mercado que justifiquem mudar as estimativas”.

Lagos, por sua vez, afirma que “o preço vai se manter em aproximadamente US$ 2,5 de hoje até quando Trump assumir para depois vermos o que irá acontecer”. As informações são do jornal chileno El Mercurio.

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