Com quase um ano de Lula, alimentos continuam caros e inflação volta a subir

Dados são do IBGE
Lula com alimentos produzidos pela agricultura familiar em Pernambuco (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) voltou a acelerar em novembro. O indicador subiu 0,28% no mês, após alta de 0,24% em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. O avanço foi puxado pela alta dos alimentos, cujos preços dispararam após a onda de calor e o excesso de chuvas afetarem a colheita de legumes e hortaliças. A inflação de serviços também acelerou, de 0,59% para 0,70%, com a passagem aérea ficando mais cara e impactando o índice no mês.

  • A mediana das expectativas coletadas pelo Valor Data indicavam alta de 0,30% em novembro
  • No ano, o IPCA acumula alta de 4,04% e, nos últimos 12 meses, expansão de 4,68%
  • Em novembro de 2022, o indicador fechou em alta de 0,41%

preço dos alimentos consumidos em domicílio subiu 0,75% no mês de novembro e superou, pela primeira vez desde abril, a inflação da refeição feita fora de casa, de 0,32%.

A elevação no mês foi encabeçada pelo salto de 26,59% no preço da cebola. Também contribuíram para a alta as variações da alface (9,64%), do morango (9,15%), da batata-inglesa (8,86%), do azeite de oliva (6,05%), do arroz (3,63%) e das carnes (1,37%).

Esses aumentos foram determinantes para o avanço de 0,63% do grupo de alimentação e bebidas, alta superior à apresentada no mês anterior (0,31%), quando a variação do grupo de despesas ficou positiva após quatro meses consecutivos de deflação.

Os dados apresentados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também mostram que a elevação dos preços em novembro atingiu 58% dos produtos alimentícios da cesta de consumo da pesquisa.

Para André Almeida, gerente responsável pelo levantamento, o clima foi o principal responsável pelo cenário. “As temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país são fatores que influenciam a colheita de alimentos, principalmente os mais sensíveis ao clima, como os tubérculos, os legumes e as hortaliças”, explica.

Veja o resultado dos grupos do IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 0,63%;
  • Habitação: 0,48%;
  • Artigos de residência: -0,42%;
  • Vestuário: -0,35%;
  • Transportes: 0,27%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,08%;
  • Despesas pessoais: 0,58%;
  • Educação: 0,02%;
  • Comunicação: -0,50%.

Com informações do R7, O Globo e G1

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