O Brasil atingiu a marca de 1.725 mortes confirmadas por dengue nos quatro primeiros meses de 2024, de acordo com os dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado na tarde desta terça-feira (23). O número é 35% superior ao de todo o ano de 2023, sendo o maior já registrado neste século.
Além das 1.725 mortes confirmadas, outros 2.227 óbitos seguem em investigação no país. Até o momento, são contabilizadas 3.952 mortes confirmadas ou suspeitas da doença.
Segundo a pasta, o país soma 3.809.060 registros de casos prováveis de dengue, com 50.223 novas infecções registradas em 24 horas. Um aumento de 114% comparado aos 1.649.000 casos registrados em 2023.
Com isso, o coeficiente de incidência de casos por 100 mil habitantes passou de 773 em 2023, para 1.741 casos prováveis em 2024.
O balanço aponta ainda que mulheres são as mais afetadas pela doença, somando 55% das ocorrências prováveis, contra 44% dos homens. No geral, a faixa etária mais afetada é dos 20 aos 29 anos.
Saiba mais sobre a dengue
O mosquito Aedes aegypti é transmissor de todas as arboviroses que atualmente circulam no país, como a Dengue, Chikungunya e Zika. Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente no Brasil, transmitida pela picada da fêmea do mosquito.
A pasta relaciona o aumento de casos da doença a fatores climáticos, como o calor excessivo e chuvas intensas efeitos do El Niño. Isso porque o verão contribui para o aumento da população do mosquito, que pode usar como criadouros espaços com água parada, desde caixas d’água até vasos de planta.
Em dezembro passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, pessoas de 6 a 16 anos podem ter acesso às doses. Antes, a faixa era de 10 a 14 anos.