No meio do desmanche do Estado Nacional, Helder Barbalho continua de Brasília governando o Pará

O maior jornal impresso em circulação no Pará, Diário do Pará, periódico controlado pela família Barbalho, que além do jornal impresso, possuí rádios e TV. Na edição do último domingo (03), o Diário trouxe em sua manchete: “Helder pede e Temer confirma recursos para o Goeldi não fechar”. Ou seja, sem rodeios, o jornal faz propaganda política de um de seus donos, dando visibilidade máxima a toda e qualquer ato do ministro da Integração Nacional em solo paraense.

O Museu Paraense Emílio Goeldi é uma instituição pública, localizada localizado em Belém, capital do estado do Pará, Brasil. Vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, possui acervos para conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia, além de promover pesquisas e estudos científicos dos sistemas naturais e culturais da região. É a mais antiga instituição na região amazônica e reconhecido mundialmente como uma das mais importantes instituições de investigação científica sobre a Amazônia brasileira.

Segundo a Associação dos Biólogos do Pará, a verba disponível hoje só é suficiente para que o Museu funcione até o mês de outubro. O medo é que o Goeldi fechasse de vez as portas por causa do corte de verbas do Governo Federal. Vários ministérios tiveram o orçamento reduzido este ano, incluindo o de Ciência e Tecnologia no qual o Museu é vinculado. Quase 44% dos investimentos em pesquisas foram cortados para 2017.

Ontem (03), Dia do Biólogo, foi realizada manifestação em defesa da referida instituição. Foi nesse cenário de incertezas e tristezas que Helder, astutamente resolveu agir, ou seja, fazer política, se utilizar da condição de ministro e promover mais uma ação benéfica ao Pará. O herdeiro político de Jader ligou para o presidente Michel Temer e solicitou que o governo intervisse na questão, justificando a importancia da manutenção do orgão para a região amazônica.

Segundo o ministro paraense em suas redes sociais, o presidente Temer se protificou logo em resolver a questão, agilizando o repasse de recursos para a instituição, evitando assim o seu fechamento. Segundo Barbalho, Temer incumbiu o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, de acelerar a liberação dos recursos necessários para custear as despesas com o Goeldi. A notícia de que ele continuará com suas atividades provocou um alívio a ambientalistas, cientistas e paraenses de modo geral.

O Museu Paraense Emílio Goeldi existe há 150 anos e é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação do Brasil. Suas atividades concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. A notícia de que ele continuará com suas atividades provocou um alívio a ambientalistas, cientistas e paraenses de modo geral que, na última sexta-feira, povoaram as redes sociais alertando para a possibilidade de o Goeldi fechar as portas.

E no risco de fechamento, os nobres deputados federais fizeram o quê? Quais ações políticas os parlamentares paraenses tomaram para evitar que um dos maiores centros de pesquisa do país corresse o risco de fechar?

Portanto, mesmo sendo um orgão federal, sem a gerência do governo estadual paraense, o Museu Goeldi é mais um exemplo das ações do ministro da Integração nacional conforme venho afirmando: de Brasília, Helder governa o Pará, de olho em 2018.

Por.

Henrique Branco

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