Saque de contas inativas do FGTS soma R$ 44 bilhões

Os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) somaram R$ 44,032 bilhões, segundo números divulgados nesta segunda-feira pela Caixa Econômica Federal. O total de 25,9 milhões trabalhadores retiraram os recursos do FGTS de 10 de março até 31 de julho.

O número inicial estimado de trabalhadores beneficiados com a medida era de 30,2 milhões. Esse número subiu para 32,7 milhões em razão de cerca de 2,5 milhões acertos cadastrais realizados pela Caixa, o que representa, em relação à base atualizada, que mais de 79% realizaram o saque.

Já o valor disponível inicialmente para pagamentos dos trabalhadores era de R$ 43,6 bilhões. Esse montante foi atualizado, tanto pelos índices de atualização das contas do FGTS, assim como em função de acertos cadastrais dos trabalhadores que comprovaram que tiveram seu contrato de trabalho rescindindo por justa causa ou até pedido até 31 de dezembro de 2015. O valor atualizado disponível para saque chegou a R$ 49,8 bilhões. O valor sacado, de R$ 44,032 bilhões, representou 88% desse total.

Segundo o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, 6,791 milhões de trabalhadores não fizeram o saque da conta inativa o que corresponde a R$ 5,8 bilhões. Occhi informou que nesta semana o presidente Michel Temer vai anunciar as condições, valores e trabalhadores que receberão os dividendos das contas do FGTS.

Ele disse que não há intenção de o banco prorrogar o prazo para o saque de contas inativas de trabalhadores. “O governo já fez uma grande medida, injetando recursos na economia. Não há intenção de prorrogar prazo.”

O presidente da Caixa  admitiu, no entanto, que pode levar para discussão no governo a possibilidade disso acontecer para trabalhadores que foram prejudicados e, portanto, entraram na Justiça porque a empresa não fez os depósitos no FGTS.

Na avaliação do presidente, os recursos foram utilizados, segundo informações do Ministério do Planejamento, para pagamentos de dívidas pelos trabalhadores. “Falar um pouquinho de economia é uma necessidade. A Caixa tem feito esforço para que possa ajudar a economia”, disse Occhi.

Questionado sobre se não fosse o saque do FGTS a economia brasileira teria uma nova recessão, o presidente disse que não tinha dados para fazer essa avaliação. “Não tenho os dados. Li e ouvi o Ministério do Planejamento afirmar a possibilidade de incremento de 0,5 no PIB. Não tenho essa informação de qual seria um impacto se não houvesse o pagamento. Seria mais negativo. Mas não tenho a informação”, afirmou.

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