Agora que a Copa acabou para o Brasil, temos inimigos maiores pela frente: Bolsonaro e sua trupe fascistoide

Por: Kleysykennyson Carneiro

Ainda me dói a derrota, mas já consigo admitir que um povo que pode eleger Bolsonaro em outubro não merece ter seis estrelas no peito

Logo após a injusta derrota que o Brasil sofreu para a Bélgica uma dor me veio ao peito. Digo injusta, pois entendi que a seleção canarinho fez uma partida melhor, com mais volume de jogo, mais finalizações e um trabalho praticamente impecável de Tite. O Brasil, apesar do desempenho pífio de Gabriel Jesus e Paulinho, merecia ser campeão mundial. O que nos resta é parabenizar a Bélgica pela vitória e torcer para que nossa queda seja, ao menos, para a campeã do mundo.

Apesar da dor de perder e ver Thiago Silva e Miranda disputarem suas últimas copas e não se sagrarem campeões mundiais, já consigo admitir, dois dias depois, que uma nação que pode eleger Jair Bolsonaro como presidente em 2018 não merece, de forma alguma, ostentar seis estrelas no peito. É importante que tenhamos em mente, a partir de agora, que o inimigo não é, nem nunca foi, a força de Lukaku, a habilidade de Hazard ou a versatilidade de De Bruyne. O inimigo do Brasil anda bem longe das quatro linhas, bem longe da Rússia, bem longe do verdadeiro espirito de vitória brasileiro.

O inimigo do Brasil anda batendo continência para a bandeira americana, defendendo políticas econômicas de exclusão (coisa que ele nem entende muito bem), falando asneiras, encantando idiotas e se escondendo em banheiros públicos. Bolsonaro é o anti-Brasil, o enviado do esgoto para destruir, sem piedade, o que resta da esperança nacional.

Essa nação que pode eleger Bolsonaro lotou o Instagram de um dos maiores volantes do futebol mundial, Fernandinho, por causa do gol contra no jogo de sexta. A gente não merece ganhar nada até aprender a respeitar as diferenças e banir para sempre qualquer veia racista que ainda insista em existir no Brasil.

Nosso inimigo agora tem força, tem forma e tem seguidores. Idiotas, é claro, mas ainda sim seguidores com poder de fogo para elegê-lo presidente da república. E o que fazer? Lutar contra Bolsonaro e toda sua trupe fascistoide.

O inimigo é péssimo, ignorante, despreparado, porém precisa ser tratado com o devido remédio: a informação de qualidade e a educação.

Sou otimista e acredito que temos um projeto de futebol já pronto e que precisa ser levado adiante por Tite. Sou otimista e acho que ainda é tempo de salvar o país do caos de ser governado por um déspota vil e aproveitador.

A Copa do Mundo pode até ter acabado pra nós, mas o jogo ainda está rolando e a única forma de vencê-lo é derrotar Bolsonaro nas urnas.

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