A Polícia Federal deflagrou na última sexta feira (13) a Operação Piratas do Caribe, com a finalidade de desarticular a ramificação brasileira de uma organização criminosa de coiotes responsável por levar brasileiros ilegalmente para os Estados Unidos. Também são investigados elementos que indiquem onde se encontram Lucirlei Cárita dos Reis e Regiane dos Santos Viana, de Canaã dos Carajás e os demais brasileiros desaparecidos, em novembro de 2016, na região das Bahamas.
Cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, em Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais. As investigações começaram a partir da notícia do desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar ilegalmente nos Estados Unidos, com auxílio de coiotes. Eles cobravam quantias de até R$ 60 mil para intermediar o transporte ilegal via Bahamas.
Antes de sair do Brasil, os imigrantes ficavam em alguma cidade com aeroporto internacional de fácil acesso, aguardando a ordem de embarque para as Bahamas, que ocorria quando um determinado agente de imigração daquele país facilitava a entrada dos brasileiros. Uma vez nas Bahamas, os imigrantes aguardavam por vários dias para embarcar para os Estados Unidos de barco.
Além de todos os conhecidos riscos que envolvem a imigração ilegal para outros países, os coiotes escondiam os reais perigos envolvidos na travessia, como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves.