Quem precisa, construir, reformar ou finalizar alguma obra em Canaã dos Carajás, vai precisar de um pouco mais de paciência. Materiais como o cimento, tijolo, telha e diversos outros itens básicos ligados ao setor da construção civil estão em falta na cidade e sequer existe uma previsão para que o mercado seja reabastecido.
Em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus, as indústrias reduziram a mão de obra e, consequentemente, o ritmo de produção desacelerou, essa manobra afetou os planos do Dênis Silva que planejava construir a casa própria. “Eu até tentei começar a construir a minha casa, mas já procurei o material de construção em toda a cidade e não achei nem tijolo, nem telha e nada, nem para poder começar. Está faltando praticamente tudo o que eu preciso, assim fica difícil”.
Em razão da alta demanda e da pouca oferta, Carlos Mauro, que há anos trabalha no segmento de material para construção, optou por suspender as vendas de alguns itens como tijolo e telha, evitando assim, ficar numa fila de espera que poderia durar dias e até meses. “Eu achei melhor não pedir mais, os clientes estavam me procurando e eu nunca tinha o material no estoque e também não podia dar uma garantia de quando ele iria chegar. Ficou difícil até para a gente reservar para os clientes e receber adiantado o valor, sendo que a gente não sabe nem quando ele vai chegar no nosso depósito. Mas essa situação já está pesando no meu bolso, minhas vendas caíram uma média de 50% nos últimos meses”, destacou o empresário.
Além da falta de material, o consumidor ainda precisa enfrentar o aumento nos preços. O tijolo por exemplo, que antes da pandemia custava em média R$800, agora está sendo comercializado até por R$ 1.200. O milheiro da telha subiu de uma média de R$700 para mais de R$850, o cimento que antes custava R$32 subiu para R$39.
