Um recente estudo realizado na Floresta Nacional de Carajás (Flona Carajás), no Pará, evidencia os impactos da mineração sobre pequenos mamíferos na Amazônia brasileira. De acordo com os autores, não existia estudos no Brasil que demonstrasse os impactos da mineração sobre mamíferos ou outros vertebrados, sendo este o primeiro estudo a abordar esta temática no país.
O trabalho foi publicado na revista científica Plos One e contou com a participação de Natália Carneiro Ardente, Átilla Colombo Ferreguetti e Helena Godoy Bergallo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Donald Gettinge, da Universidade de Nebrasca-Lincoln, Pricila Leal e Fernanda Martins-Hatano, Universidade Federal Rural da Amazônia, e Ana Cristina Mendes-Oliveira da Universidade Federal do Pará.
Sobre a Floresta Nacional de Carajás
A Floresta Nacional de Carajás – Flona Carajás é uma unidade de conservação de uso sustentável que está localizada no sudeste do Pará, estendendo pelos municípios de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Água Azul do Norte. Criada em 1998, esta unidade de conservação tem como objetivos garantir a preservação dos recursos renováveis e os processos ecológicos da região.
A Flona Carajás abriga uma rica biodiversidade, tendo sido registrado cerca de 68 espécies de anfíbios e 131 de répteis, sendo uma espécie de cada grupo restrita às áreas de savana metalófila da Serra dos Carajás, 594 espécies de aves, 75 espécies de morcegos e 44 espécies de mamíferos de médio e grande porte.
Embora detenha toda esta riqueza de fauna, o desmatamento, queimadas e a mineração são algumas das pressões que ameaçam a fauna da Floresta Nacional de Carajás. Com informações do Natureza e Conservação.