Em Brasília, Helder garante a Lula o apoio dos governadores no fortalecimento da democracia

Foto: Ricardo Stuckert

O governador do Pará, Helder Barbalho, junto com os outros 26 governadores (ou representantes) brasileiros, esteve em Brasília (DF) nesta segunda-feira (09/01), para uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de ato de desagravo após os ataques terroristas ocorridos no domingo (08/01), nas sedes dos Três Poderes.

O encontro no Palácio do Planalto foi sugerido pelo próprio Helder Barbalho durante reunião remota de emergência do Fórum Nacional de Governadores feita ainda no domingo para tratar dos crimes cometidos por pessoas que se identificavam como apoiadores do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Estejamos aqui não para expor ideias de direita ou esquerda, mas sim para reforçar nossa defesa à democracia. O que vimos ontem na capital federal não foi manifestação política, vimos terrorismo, um ato frontal de tentativa de golpe de estado. Compreendo que todos nós devemos, como poderes subnacionais, estar irmanados pela causa que nos une. Estamos aqui para emprestar nossa solidariedade aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e reafirmar que os nossos estados estão articulados”, discursou o chefe do Executivo estadual paraense.

Helder Barbalho anunciou que vários estados, inclusive o Pará, cumpriram a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao desmobilizar os acampamentos em frente aos quartéis do Exercício Brasileiro.

“Ainda no domingo, chegaram em Brasília as mobilizações de 16 estados da federação que enviaram tropas de elite para apoiar o sistema e a decisão do governo federal, para que possamos obviamente trazer tranquilidade, trazer paz e estabilidade às instituições”, finalizou o governador do Pará.

Lula, por sua vez, lamentou o motivo da reunião, disse que tinha planejado esse encontro para tratar de projetos prioritários do governo. Mas agradeceu Helder por sua sugestão, “bem acatada a ponto de tods os estados estarem presentes presencialmente à ocasião”.

“Esses atos foram anunciados, e assim ocorreram porque os golpistas não tinham pauta de reivindicações. Querem golpe, mas golpe não vai ter. Na ditadura, pessoas foram mortas por querer derrubar um governo e hoje ainda tinha gente em frente aos quarteis pedindo golpe, sem que nenhum militar dissesse que não pode pedir isso. Nós não fizemos nada até que eles fizessem, nós não imaginamos, fomos pegos de surpresa depois do domingo mais democrático que o DF já viu”, declarou o presidente da República.

O mandatário afirmou que houve conivência das forças do Distrito Federal para que ocorresse o quebra-quebra nos prédios dos três poderes, e lembrou que foi muito duro conquistar o direito à livre manifestação. “Eu quero que isso continue sendo possível. A gente não precisa se gostar, mas precisa se respeitar, conviver democraticamente. Precisam aprender que a democracia é a coisa mais difícil mas é a única que garante a todos a chance de concorrer, e se eleito, governar”, finalizou Lula.

Após a reunião, que também contou com ministros de Estado e prefeitos, o presidente convidou a todos para irem, à pé, até os prédios que foram depredados para ver de perto a dimensão dos estragos causados pelos terroristas.

Receba as notícias do Portal Canaã

Siga nosso perfil no Google News

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *