Parte da nossa história e da nossa ASFEP da cidade de Parauapebas

Tivemos uma iniciativa pioneira na ASFEP, Associação dos Ferroviários de Parauapebas em 1993, durante a Feira do Livro da Vale. A ASFEP lançou o primeiro curso de Matemática Financeira, que surgiu na cidade, com apoio de voluntários de Ciências Contábeis e Economia da UFPA. Os Bancos e Comércio local pediram para repetir o curso para atender a demanda. Isto na época valorizou muito nossa gestão.

Nós abrimos um canal importante de harmonia em aproximar as pessoas da cidade de Parauapebas com a VALE, com um tema diferente, educativo e muito útil.  Em cinco dias de evento passaram pelo clube próximo de 3500 pessoas, incluindo Curionópolis.  A população de Parauapebas era 51 mil habitantes.

O APOIO DO TOP DA VALE DE CARAJÁS, LIDERANÇA, ORIENTAÇÃO E CULTURA PARA INOVAR E CRIAR COISAS NOVAS

Todo êxito do evento, levou a troca de informação e amadurecimento de novos projetos de trabalhamos futuramente com educação ambiental, hortas comunitárias, plantios de árvores arvores e Qualidade Total para a comunidade. Estas coisas nos estimularam para logo depois a criar a 1ª Campanha de Economia de Energia de Parauapebas, e a coisa cresceu só nas primeiras notícias e deu até TV de Marabá.

A repercussão crescia, a Asfep não estava estruturada para a grandeza do evento. Vimos que era um negócio grande para nós da Asfep tocarmos sozinhos, e fui pedir socorro em Carajás, Sumic, superintendência estabelecida e também empresas do Grupo VALE etc. Saiu Mozart Litwinski, entrou Marconi Viana substituído por Juarez Saliba, além de Thiers Barsotti, presidente da Docegeo, e que me levou para a ferrovia, quando superintendente desta. Esta era a época em que eu havia sido transferido das Minas Carajás, para a Estrada de Ferro Carajás, e os gerentes de Carajás, então na gestão de Marconi Viana e Juarez Saliba, já tinham um plano gerencial para apoiar a VALE como um todo e unirmos as forças de representação regional da VALE, através de um trabalho em equipe.

Era uma fase regional que a VALE precisava desta integração e avançamos muito com projetos simples de baixo custo, nada mirabolante, mas de grande efetividade e identidade comunitária, que nasce de criatividade e união de ideias. A confiança, lealdade e disposição das pessoas em te ajudar, o apoio coletivo direto de equipes fortes, são os primeiros passos, que te faz sentir e se enxergar pequeno; e que nunca será capaz de construir nada sozinho. Se estivermos juntos não há nada impossível. Se estivermos divididos tudo falhará.

UM TRABALHO QUE FOI COMENTADO EM TÓQUIO

Tivemos então sucesso da 1ª Campanha de Economia de Energia. A repercussão e motivação levaram a produção de outras novas iniciativas coletivas. Houve a ideia de aproveitar todo volume de papel usado descartados dos escritórios da VALE-Carajás, ferrovia em Parauapebas, Hospital Yutaka Takeda e transformá-los em cadernos para crianças carentes da rede pública de ensino.

Os papéis usados eram segregados e a área de suprimentos negociava com fornecedores a troca de papéis usados com os cadernos, trazendo na capa as frases de economia de energia e cuidados com o meio ambiente na Amazônia. Estes cadernos das crianças, que nasceram desta iniciativa de aproveitar papel usado, tiveram uma amostra, que foi parar em Tóquio, pelas mãos de um engenheiro japonês que montava uma escavadeira nas minas de Carajás na época. Ele nos elogiou. Mostrou o caderno em Tóquio para os seus filhos ou sobrinhos, e estes nas escolas do Japão, sobre as frases da Amazônia e economia de energia. Me lembro-me de uma: “Preservação do Meio Ambiente, uma estratégia para sobreviver” O japonês cultua isto. Ele ainda fez questão de nos conhecer pessoalmente.

Explicamos a evolução deste projeto. Parece que seu nome era Yamamoto (não o da VALE da época) ou Yamaza. Não recordo mais o nome com exatidão. Aprendi que o espírito de um clube, a sua essência maior, sempre vai estar nas crianças. Elas são à força do presente e a determinação do futuro. Muitos diretores de clubes das cidades do eixo regional nos procuravam, e sempre fornecíamos este norte de uma filosofia de gestão que deu certo em um clube da cidade de Parauapebas e que poderia servir em outros lugares.

O APOIO AOS NOSSOS TRABAHOS PELA VALE CARAJÁS, COM UMA EQUIPE DE PRIMEIRA LINHA. GRANDES PROFISSIONAIS

Tivemos apoio em nossas atividades das pessoas de diversos cargos da empresa de Carajás como: Adherbal Rego, Ricardo Britto, Vicente Bernardes, Geraldo Rosa, José Chaves (Desenvolvimento Regional) Roberto Nomura, equipes de Joaquim Martino, Antônio Venâncio, Antônio Welington, Waldemir Marques, Wander Nepomuceno, que criou um bom veículo de comunicação, jornal-DETUB, com Leonardo Araújo, Antônio Kalil, que participou comigo de um evento, na igreja de Parauapebas representando a VALE (Sumic) Francisco Viveiros, Paulo Machado Ribeiro, Luis Carlos Nepomuceno, Cláudio Lyra, que participei de eventos em apoio às incubadoras em Curionópolis (Sumen) Sandra Abud, Matheus Drumond, Newton Brastos, Roberto Figueira, Flávio Magalhães, Lauro Fassarella depois Jayme Nicolato, (Difn) Thiers Manzano Barsotti (Sufec, Docegeo e Alunorte). O chefe do escritório local da CELPA nos parabenizou.

A campanha de economia de energia repercutiu no Grupo VALE, no norte do país. Isto movimentou as CICES (Comissão Interna de Conservação de Energia) E o interessante foi que houve ganho tangível. Economizamos energia, dentro e fora da VALE (população da cidade) A lição disso foi um grande trabalho em grupo, treinamento e um super aprendizado de comunicar com a comunidade local, hoje chamada de stakholders / partes interessadas. “Equipe é um grupo de pessoas que buscam o mesmo objetivo, com dedicação e cooperação Mozart Litwinski, Ricardo Antunes, Pedro Guerra, meu primo, Celísio Lessa, Antônio Duarte e Eduardo Porto criaram 1ª Cima – Comissão Interna de Meio Ambiente da Sunor”. Ricardo Antunes me colocou como uma espécie de seu assessor e me deram muito apoio. Criamos projetos interessantes na época, inseridos mais tarde nestas iniciativas. Ricardo Dequech mais tarde liderou ideias de cooperativas rurais que pensamos em algo similar na Asfep, mas não tínhamos experiência e preferimos não tocar projetos desta natureza.

A chave de crescimento e das coisas andarem bem, vejo hoje que estava na harmonia e todo esforço coletivo concentrado em um projeto que extrapolou as expectativas. E isto triplicou a confiança em nós, Ferroviários de Parauapebas, que iniciamos tudo isto na realidade nas dependências da Asfep. Os nossos projetos passaram a ter todo um suporte da VALE Carajás, e a população de Parauapebas. Professores da Escola Fênix, Chico Brito, empresários locais e políticos formadores de opinião nos incentivavam. E entre o pessoal de Carajás ninguém imaginava que a mostra de nosso trabalho poderia chegar a Tóquio e ganhar amplitude mostrada. Recebemos telefonemas e “correio eletrônico” solicitando informações de como organizar este tipo de projeto e sempre estivemos de braços abertos para ajudar escolas, micro empresa e outras organizações e clubes como o nosso e de outras cidades, inclusive pares da Asfep ao longo da ferrovia Carajás. Foi uma injeção de ânimo e autoconfiança para partir para outras coisas novas.

A CONFIANÇA NA ADMINISTRAÇÃO DA ASFEP, A LIMPEZA DO CLUBE A ALIANÇA COM A COMUNIDADE FOI MARCANTE

Francisco Brito, hoje colunista deste site, na época com o jornal Tribuna, Valdir e Junior empresários do Mustafé e Borges, Sr.Jacó, Libério (alguns maçons) Magleano Baesse, empresário adolescente praticamente e os seus pais, Lázaro de Deus, Alípio Ribeiro, Dona Lurdes (Churrascaria) Ney (Igarapé) Geraldo Capota, Bel Salmen, Dr. Bento, Milton Martins, Sr.Valmir, dono da Integral Engenharia, Sergio Langner, José Gervásio, empresário de padarias, a própria ACIP (Associação Comercial Industrial de Parauapebas), Consuelo Coelho, Chico das Cortinas e muitos outros foram pessoas e entidade que nos incentivaram, apoiaram de forma direta ou indireta, como moradores da cidade de Parauapebas. Importantíssimos para o crescimento destes e outros projetos com alguma interface na cidade. Reunimos esforços, dedicação, trabalho e vontade de crescer coletivamente.

Queríamos isto na época para Parauapebas como cidadãos pioneiros da cidade, que estávamos construindo para nós.

OS FERROVIÁRIOS E SUAS ESPOSAS E FAMÍLIAS QUE NOS AJUDARAM
Da nossa Sufec: Luiz Carlos Zanotti, Durval Santos, Francisco Carlos, Francisco Jerônimo, Miguel Júlio, Laudino Filho, Durcelino Melo, Aguinerilson Souza, Francisco Dutra e Antônio José, Carlos Lourenço, João Nabor foram pessoas que contribuíram fazendo parte da diretoria, apoio administrativo, ou sempre prestigiando o clube junto a muitos outros ferroviários da época. O Clube de Mães formado pelas esposas de ferroviários foi um grande exemplo de força inspiradora e de suporte da nossa gestão. Faziam um trabalho brilhante. As mães de nossos ferroviarinhos, sempre nos deram exemplo de competência, dedicação, seriedade e trabalho. Todo sucesso conseguido na Asfep está precedido do esforço destas grandes senhoras, esposas dos ferroviários da época.

O Dia das Crianças na Asfep era maravilhoso. Muito calor humano e homenagens emocionantes no Dia das Mães eram de “todas as mães do mundo”. Isto traz saudades aos parauapebenses que viveram este momento, tenho absoluta certeza. O Jânio a sua esposa e um grupo de senhoras, organizaram festas e bailes muito elogiados. Foi um tempo legal. Os homens distinguem-se pelo que fazem, mas sempre motivados e apoiados na visão de uma grande mulher que o alerta para os pequenos e os grandes detalhes que o leva a atingir os objetivos. Uma família sempre funciona assim.

UMA NOVA CULTURA DE ADMINISTRAÇÃO E FORÇA DE RESULTADOS
Entendo que fizemos uma gestão avançada para os padrões do inicio dos anos 90. Criamos políticas de Endomarketing na ferrovia de Parauapebas, Marketing Comunitário, Sócio Ambiental etc. Na realidade partimos para um modelo de gestão avançado, muito ousado na época sem estarmos plenamente preparados e estruturados em conhecimento técnico e comportamental. Mudança brusca e uma nova dimensão de ideias.

Reconheço e assumo este erro e falta de experiência, o excesso de ousadia e ansiedade por melhores resultados e iniciativas de outro. Como Gestor de Projetos hoje, e com bastante maturidade, analiso e atesto que falhei individualmente e falhamos coletivamente na comunicação, falta de habilidade e aprendizado acadêmico para ter aplicado o que imaginamos na época com a missão da nossa gestão. Teríamos menos conflitos. Não dispúnhamos ainda de formação superior. Parauapebas não tinha faculdades. Formados ou dentro de uma faculdade, seriamos mais hábeis.

OS DESAFIOS DA MUDANÇA, CONFIANÇA E MISSÃO CUMPRIDA

Mas é louvável, muitas vezes pecar pela iniciativa do que pecar pela inércia. Era o nosso caso. Adquirimos conhecimentos de Qualidade Total de Falconi sobre clientes e de literaturas de Marketing de revistas que assinávamos por conta própria. Isto era tudo muito novo nas empresas do Brasil (25 anos atrás) e adaptamos isto e outras práticas com muita velocidade em uma associação recreativa que passava a ser administrada como empresa “Não conheço nenhuma fórmula infalível para obter o sucesso, mas conheço uma forma infalível de fracassar: tentar agradar a todos” (John F. Kennedy).

O que não muda, padece não se sustenta. Uma gestão empresarial tem de ousar, reoxigenar. Avançar e criar coisas novas na frente dos concorrentes, caso contrário morre. Estudamos criamos algo com base nos ensinamentos de Deming e Ishikawa. Fizemos Isto 25 anos atrás com Planejamento Estratégico, Politica da Qualidade, missão, visão, crenças e valores, inspiradas em, Crosby, Juran, Débora Gomes, Falconi, Ciro Yoshinaga, James Teboul, Kaizen, Just in Time, CCQ, Kanban, Fator K, Meio Ambiente, CCQ-Ambiental, economia de água e energia. Era uma grande mudança. Gerou resistências e problemas, mas sempre superadas com o tempo, e um entendimento de gestão avante.

Acho que o nosso maior progresso nesta ênfase foi abrir a Asfep para comunidade e nós mesmos alterarmos o estatuto do clube com autonomia que recebemos da Sufec. O estatuto não permitia sócios de fora do quadro da empresa, e nós modificamos isto, e trouxemos as crianças da comunidade e as pessoas da cidade para dentro de nosso clube e convívio social. –Pessoas de 1ª linha, que davam feedback, sugestão e nos ajudavam. Recebemos “Carta Branca” de Thiers Manzano Barsotti, superintendente na época para abrir o Clube para a comunidade. Thiers sempre foi um homem simples, determinado.

Geólogo de exploração, habituado em dormir em barracas no inicio de sua brilhante carreira de geólogo na Amazônia, era da equipe de Breno Augusto. Foi superintendente, diretor da VALE e presidente de ferrovia do Grupo VALE. Nosso era pequeno, mas sempre gerávamos empregos e renda, além do quadro fixo, obras e outros serviços permanentes. “Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem”. (Peter Drucker)

O MEU APRENDIZADO É UM ANEXO DE PARAUAPEBAS, DEVO AO LOCAL GRANDE PARTE DO QUE APRENDI DA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Toda esta experiência pude anexar a outras que vi em MG, ES, BA, SE, MS, MT, AM, MA, BA, GO, DF e RJ, andando pelas minas e ferrovias da VALE: EFC, EFVM, FCA, Mirabela Mineração do Brasil –BA, Mineração Taboca- AM e Indyniler Agronegócio. MT. Rodei muito, e em 2016, consegui formatar outros projetos mais novos com foco em sustentabilidade e capital comunitário. Estudei MBA – Gestão de Projetos orientada pelo PMBOK e isto abriu uma porta para organizar as ideias e conservar este mix de culturas regionais destinados a projetos empresariais e especiais de capital comunitário local. Não escondo a gratidão e transparência que são as bases do meu know how e o pouco do capital de habilidades de criar projetos que tenho hoje, que nasceram dentro da VALE, ASFEP e Parauapebas, congregando a nossa cultura de Qualidade Total da Sumic-Sufec, e integração das pessoas. A gestão da Asfep me ensinou que; “o espírito de um clube e a sua essência maior, sempre vai estar nas crianças, elas são as forças do presente e determinação do futuro.” (Rowan Araújo) O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente. (Mahatma Gandhi)

INAUGURAÇÃO DA PRAÇA DR.NEWTON BASTOS, UMA HOMENAGEM AO GRANDE ENGENHEIRO DE FERROVIAS.

Nossa homenagem a um grande engenheiro, ferroviário, ser humano compreensivo de conhecimento diferenciado, sincero e franco na gestão da melhoria da estrada de ferro. Gostava de conversar com as pessoas do mais simples ao mais graduado ferroviário. Um grande Gerente Geral da antiga GIVIQ. Passou-nos grandes ensinamentos.

PRIMEIRO EMBARQUE DA NOVA ESTAÇÃO – INAUGURADA EM AGOSTO 1993.

A cidade de Parauapebas, sempre nossa amiga e estimuladora de tudo isto, que foi enriquecido com outras experiências, como narro agora. Sem a minha experiência de vida junto ao povo de Parauapebas, não teria nunca como desenvolver projetos nesta área nova que emerge na vida das empresas; “Capital Comunitário” na condição de Administrador de Empresa, que estudou MBA em Gestão de Projetos. Integro a isto todos outros meus projetos de Administração Geral, Coaching, RH e Capital Humano, Capital Operacional, Produtividade Organizacional, Ecoeficiêcia, Sustentabilidade, SSMA, Redução de Acidentes, Mudanças Setoriais e Restruturação, que desenvolvo e trazem os traços do que aprendi da ferrovia de Parauapebas e a convivência local. Eu considero Parauapebas uma cidade criança que vi nascer, crescer de forma pujante, passando pela adolescência e juventude vindoura.

ATIQ – ASSOCIAÇÃO TÉCNICA DE INTERCÂMBIO DA QUALIDADE, UM TRABALHO UNIDO COM EVALDO DA OPÇÃO QUE AINDA TENHO INTENÇÃO REERGER EM QUALQUER LUGAR DO BRASIL. PELA NECESSIDADE DE NOSSAS CIDADES INDUSTRIALIZADAS. E DE COMÉRCIO COM ESTA FONTE DE CONHCIMENTO A PRODUZIR

Junto deste saudoso e competente amigo criamos a ATIQ Associação Técnica de Intercâmbio da Qualidade de Parauapebas. A associação visava reunir os empresários e técnicos da indústria, serviço e comércio da cidade para discutir temas de melhorias de processos. qualidade, métodos, gestão, desempenho de pessoas, produtos, tecnologia e serviços. Além de seminários trimestrais, treinamentos e até idealizamos uma Escola Técnica ou Centro de Treinamento Permanente de Mão de Obra de muita praticidade e menos teoria. Era um projeto ambicioso com alternativa até de formar uma Cooperativa Educacional. Hoje com os recursos de comunicação em internet, sites e rede social ou intranet ia crescer muito e gerar empregos de instrutores (coaches) qualificados e aumentar produção de conhecimento, capital operacional, know how e uma mentalidade industrial, ou filosófica-de operar negócios empresariais inovados, competitivos e diferenciados na região do sul do Pará, e com intuito de crescer em todo estado. Os instrutores, hoje coaches seriam aposentados da VALE e do comercio local, só gente experiente.
Francisco Brito, através do Jornal Tribuna divulgou este projeto na cidade e teve grande repercussão regional.

Eu era o presidente e co-fundador da ATIQ e Evaldo Benevides (Opção) era vice, um super empreendedor, engenhoso, inteligente apaixonado pela cidade que o acolheu com a família que veio nordeste para empreender no sul do Pará. Sempre o admirei e o respeitei muito. Edvaldo ajudou a mudar a cara do comércio da cidade. Pensava grande. Por diversas vezes em minha casa na Chácara da Lua desenhamos e redesenhamos o Projeto ATIQ e ampliação de ideias. Tenho este material, hoje modelado em Power Point, uma herança da ATIQ. Ele dizia: “nós precisamos treinar os nossos vendedores de Parauapebas padrão Shopping Morumbi”. Isto nos anos 90. Ele pensava à frente identificava com empreendedorismo moderno. Nossas ideias de administrar eram parecidas. Merece aplausos, ele gerou emprego, empreendeu e fez uma das maiores lojas da região, sempre trabalhando, investindo, ampliando. Um senhor empresário. Deixou saudades, faz falta era transmissor de otimismo e valores. Sonhava em fazer de Parauapebas uma super cidade. Naquela época já concordávamos que uma cidade só evolui com crianças com saúde, bem educadas e de juventude sadia de corpo e mente, sempre vimos o Japão campeão nisso. Dava ideias para promover torneios na Asfep de vários esportes para crianças e fornecia os troféus de graça.

OS ANOS DE EXPERIÊNCIAS E UMA FORMAÇÃO EM PARAUAPEBAS

Chico Brito sempre incentivou tudo que pudesse agregar a cidade de Parauapebas sempre esteve do nosso lado, sempre leal, sereno e lutando pelo melhor e nos incentivando. Ferrenho defensor do progresso do município. Não posso deixar de expressar aqui o meu agradecimento por tudo que idealizamos, inclusive juntos, alguns pensamentos em favor da cidade. A Asfep sediava as reuniões e encontros da ATIQ. Penso que toda cidade que possui muitas empresas e comércio, deveria ter iniciativas como estas ou similares em parceria com o SEBRAE, conforme era a intenção nossa (Rowan pessoa não da VALE e Evaldo cidadão).

Falamos tanto em capital humano e este modelo de associação funciona como um banco de conhecimento empresarial troca de informações técnicas que melhoram a indústria. Muitos órgãos de ensino públicos e particulares não vivem na prática o momento de necessidades da indústria. A ATIQ era projeto para atender as necessidades emergentes que surgem, algumas até temporárias. A nossa ATIQ era uma “Juse Tupiniquim”, porque criamos a ATIQ inspirados na Juse, União de Cientista e Engenheiros Japoneses, após ter lido sobre a Juse e Deming em livros do Falconi e comentar com o Evaldo, que achoou legal e comprou a ideia.

Hoje tenho certa experiência para transmitir o pouco do que aprendi, não quero ser chamado de coaching, sou um facilitador amante da pedagogia empresarial, projetos novos treinamento de pessoas. Estudo as empresas, quase todos os dias desde 1991. Lecionei TGA e isto decorre desde o dia que assisti à primeira aula de Vicente Falconi de GQT. Sou bisneto, sobrinho e primo de professores com muito orgulho. O que tenho mesmo é a absoluta certeza de que experiência profissional é não cometer os erros que já cometemos na empresa e não deixar que eles se repitam e sejam multiplicados, por uma questão de ética e responsabilidade. Erros e falhas que já vimos também os outros profissionais cometerem nas empresas. Sempre estudei, e depois da graduação optei pela MBA em Gestão de Projetos, e mestrado em Economia Industrial, mas tive de trancar o curso, por problemas de viagem a trabalho. Conhecimento nunca foi não é, e nunca será absoluto.

No séc. XXI pela manhã, atestamos a eficiência de um determinado conceito e na tarde do mesmo dia, ele não está valendo mais nada, não se sustenta. A tecnologia, novas técnicas e conhecimento superam os aprendizados recentes, e te deixa obsoleto rápido. Tudo é dinâmico, se não estudarmos permanentemente. Vamos virar sucata profissional. Hoje vejo que a experiência, a expertise na prática é toda decisiva. Teoria, modismo, excesso de confiança em tecnologia e a pura formação acadêmica quando foge da experiência. É tentar matar a fome só lendo cardápio. Não tem jeito de criar, artificializar ou fabricar experiência. Experiência exige que passemos por ela, que vivemos os efeitos que ela embasa diretamente no que funde com a sua habilidade profissional de peso. Não se delega a mesma experiência, que nasceu conosco e virou talento próprio, o seu capital humano ou operacional apurado. O talento nesta base é filho da experiência intrínseca que cria, soluciona, define e decide com eficiência, confiança e segurança, é o que as empresas precisam. É possível sim; transmitir grande parte da nossa experiência. Esta conclusão não é só minha. Antônio Ermírio de Moraes tinha um pensamento sobre experiência até mais reforçado que esta minha conclusão
FERROVIÁRIOS DE PARAUAPEBAS.

Tínhamos ótima relação na cidade e muitos projetos ativos. Esta foi uma prova de que o esforço e o trabalho coletivo geram grandes resultados. O Projeto Economia de Energia nasceu dentro de uma Associação recreativa e ganhou ampla reputação, e tinha um módulo, que era 100% das crianças. Nós como cidadãos temos a missão social, educativa de compartilhar o pouco que aprendemos. Isto é essencial para a nação. Sem educação, bons exemplos e iniciativas como estas. Nós não criamos forças adjuntas, aglutinadas ou ambientes que daqui e dali, produzem coisas que avançam na produção social e educativa. Nós ferroviários de Parauapebas na época contamos com o apoio da VALE – Carajás que nos dava todo suporte. Esforçamos para fazer algo em comunicação e junção de esforços coletivos.

A CULTURA DA VALE CARAJÁS E DO PROJETO FORTE NA REGIÃO

Nunca fomos paternalistas. Fomos desenvolvimentistas e humanistas e a comunidade via isto na gente não só como ferroviários da VALE, mas cidadãos comuns e de bem. A Campanha de Vacinação Infantil – “Crianças merecem vacinas, elas são o futuro do Brasil” em todas as estações até São Luís, ocorriam. Estas ações simples, mas que são grandes, para a comunidade e o capital comunitário das empresas, no caso da VALE na época. Fizemos um ofício ao pessoal e Saúde estadual e federal e fomos atendidos para inclusão desta ação de antes dos embarques do Trem de Passageiros – PA –MA terem o serviço de vacinação infantil no calendário oficial (Apoio aos Programas Públicos de Vacinação Infantil). Fomos aplaudidos por esta ação e com uma participação cada vez mais próxima da população. Veio à ideia de apoiarmos o combate da hanseníase coordenada pelo Dr.Joaquim Campos, Grupo Garra, uma ação importante.

A REPUTAÇÃO DO NOSSO TRABALHO PARA DE CRIANÇA DE ONTEM E O ADULTO HOJE PELA ASFEP

Dentre de nossos trabalhos, um fã da Asfep era o engenheiro Gilberto, que esteve em uma empreiteira em Carajás e aproveitou um sitio da família no interior RJ para transformar em clube em 2010 e colocou lá desde o estatuto da Asfep ao modus operandi. Indaguei por que não copiou os clubes do RJ mais perto, bem estruturados e modernos. Disse que foi pressão do filho, hoje médico, apaixonado pela pintura do Trem da VALE no muro da Asfep em linguagem pictórica, que mostrava a história da descoberta de Carajás com Breno Augusto e as operações da Docegeo, Sumic, Sufec e Supoc que traz lembrança de sua infância e das pesquisas pedidas pelas professoras da Escola Fênix Parauapebas.

Sugerindo conhecer a história de Carajás pintada no muro da Asfep. Sinto-me orgulhoso e privilegiado de participar destas coisas junto com os demais colegas e o simples pintor da obra também. Uma ação do trabalho nosso, hoje cravado no RJ que representa a infância de pessoas de ontem e um valor sentimental de um adulto hoje, que foi criança na nossa Asfep. Estas coisas simples da vida se agigantam dentro de nós. Contribuímos para educação e conhecimento. “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” (Coelho Neto) Não deixe sua criança interior morrer. É ela que te salva e não te deixa pirar com as pressões da vida adulta.

O ESFORÇO FOI COLETIVO, NÃO FIZ NADA SOZINHO NA ASFEP. TUDO FOI UM PROJETO, TALVEZ MAIS INTUITIVO, MAS TEVE ESTA CONDIÇÃO.

Faria a minha parte novamente. Caso precisassem de mim. A minha parte porque que não fiz nada na Asfep sozinho. A Asfep foi tratada intuitivamente como um projeto coletivo via Grufer Grupo Ferroviário de Gestão unindo todos os ferroviários sem exceção. A minha parte, sim eu poderia fazer novamente. Ninguém constrói nada sozinho. O sucesso é inimigo número um das coisas fáceis. Sucesso é amigo íntimo da dedicação, seriedade, muito trabalho e esforço coletivo. A gente tinha a função profissional na empresa e a dedicação voluntária à Asfep. Mas tudo foi extremamente gratificante e sempre unido ao povo de Parauapebas, que sempre aprendemos a admirar e por ter nos recebido de braços abertos. Ganhei a Medalha do Jubileu da cidade (Gestão Municipal – Valmir Mariano) com muito prazer, Isto me deixa muito feliz. Vi a cidade nascer e progredir.

CONQUISTAS DE PARAUAPEBAS EM SEMINÁRIOS

O meu coração é Pará Mineiro. Nunca vou esquecer o povo que tão bem me acolheu e de grandes e saudosas amizades, que contribuíram com as minhas habilidades profissionais e formas de perceber as relações sociais e humanas. A equipe da ferrovia de Parauapebas foi premiada em Seminários da VALE em seus programas corporativos de TQC. Nós evoluímos com o tempo, as mensagens da vida e do tempo do nosso tempo, desde que nos dispomos a conhecermos a nós mesmo, as nossas energias, considerações, convívios e forma de enxergarmos o mundo, neste “pensionato” que vamos deixar um dia. Não somos eternos e temos de nos acostumar com isto. “A nossa missão é dar às pessoas o poder de partilhar e tornar o mundo mais aberto e conectado. Precisamos encontrar os melhores talentos para chegar lá.” (Mark Zuckerberg).

Devemos deixar uma obra aqui indiferente de seu tamanho, amplitude ou valor. Mas que transmita uma boa intenção, e se possível para as crianças, que fomos um dia e que tanto amamos e nos alegram ao recordarmos do tempo nosso de crianças, que nos faz muito bem. As crianças formam o maior patrimônio, o mais valioso ativo de uma nação. Sinto ver as crianças brasileiras hoje, sem educação, creches, escolas, mal nutridas e morrendo em filas de hospitais com dengue, sarampo e falta de vacinas. Isto é inadmissível. Temos visto isto pelo Brasil nos últimos anos. Assassinadas pela corrupção sistêmica.

Nós como cidadãos temos de assumir a defesa implacável da ética e fiscalizar os gastos públicos com prioridade para que as crianças brasileiras tenham saúde, educação, o país e o futuro que elas merecem. Nós precisamos defender os recursos delas que são facilmente desviados para alimentar a corrupção sistêmica.

Alguns exemplos: 55 bilhões das crianças brasileiras foram parar em Cuba, Venezuela, Angola e ditadores que dão calote. Outros milhões delas em corrupção de fornecimento de merendas escolares. Isto precisa mudar. A população deve entender que isto é assassinato da educação, saúde e futuro das nossas crianças. É capital humano brasileiro do amanhã. É motivo de luto, para nós que enxergamos esta realidade. Nação assim nunca terá um futuro digno, progresso econômico, cultural, cientifico e tecnológico, e até mesmo de justiça social para crianças indefesas. Isto precisa mudar. “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.” (Pitágoras). Tudo que atinge progresso e evolui começa e termina com a educação. Só a educação muda, transforma e faz o crescimento e evolução de todo tipo de progresso. Falo de educação de berço ou educação formal. Criança é prioridade absoluta.
Nunca me esqueço do dia que liberamos o campo soçaite, piscina e espaço da Asfep para as crianças da APAE. A felicidade delas era tanta que emocionou a todos. Como uma coisa tão simples, que depende só de um sim, nosso. Pode trazer tanta felicidade em uma criança especial? Deus me deu este presente naquele dia. Eu mesmo fui o primeiro e me dirigir para um local isolado, para enxugar as lágrimas. A APAE entrou em meu coração desde este dia e nos anos 2000, fiz doações de cavalos para prática de equoterapia de Governador Valadares e Rio Pomba em MG com todo prazer. Se uma criança não portadora de necessidades se sente um imperador em cima de um cavalo. As crianças da APAE se sentem reis. Nesta época eu estava na VALE, a empresa me incentivou muito neste trabalho. Muitos amigos e gerentes da empresa se prontificaram em me dar apoio de forma particular, mas não foi preciso. “A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento”. (Frederick Herzber)

EU SEMPRE VOU APOIAR A EQUOTERAPIA DENTRO DE MINHAS POSIBILIDADES. A APAE É UMA ENTIDADE FANTÁSTICA

A VALE fez algumas matérias em Jornais Internos de Vitória ES, o jornal ”Acontece” com a jornalista Aniuska Barros da empresa. Isto cresceu na comunidade de Vitória ES, e até radialistas me procuraram em meu apartamento, para gravar entrevista, mas a minha timidez e espanto com repercussão era muito grande e preferi silêncio. A coisa ganhou corpo. Hoje eu estaria maduro para falar desta iniciativa. . De tudo isso que falo agora tem de haver lideranças para construírem verdadeiros projetos de capital comunitário local, para melhorar estas bases sociais entre o poder público e privado, envolvendo as pessoas. Mas o cerne desta relação é uma identidade, meio que inspire ética, honestidade, confiança, segurança, transparência, moral elevado e muita vontade e ânimo para o trabalho sério e dedicado. O país só muda se as cidades mudarem. Temos 5570 cidades. Todas precisam de educação, trabalho voluntario e uma visão social coletiva de bem estar mutuo e ações que realmente agregam valor científico, econômico, tecnológico e social. O capital comunitário emerge no mundo inteiro e caminham para o capital da imagem de empresa cidadã. . O maior capital do planeta de uma forma direta ou indireta estará sempre no ser humano e as relações conexas da sua missão de vida. Falam em tecnologia, mas a tecnologia é obsoleta em questão de dias no sec. XXI. O talento o potencial humano, é perene, é o único que, pensa, cria, planeja e ainda escolhe qual o tipo de tecnologia quer para o uso particular dele e das empresas.

SEMPRE FUI ORIENTADO POR DR.ELIZER BATISTA, PARA APOIAR NA EDUCAÇÃO DAS PESSOAS DAS COMUNIDADES. POR ONDE ANDEI E SER CUIDADOSO COM ELAS, CONSIDERÁ-LAS, SER ÚTIL E ATENCIOSO COM AS NUNCA PARAR DE ESTUDAR “Nunca aposente seu cérebro” (Eliezer Batista).

Estudos recentes me mostram que a população das cidades que sediam as operações da empresa, já cobra de uma forma amistosa, o trabalho voluntário de seus empregados. As grandes empresas incentivam esta prática, que fortalece o seu capital comunitário, uma ação de muito valor futuro que eleva a imagem, reputação social, e diálogo com a comunidade. Existem empresas nos EUA que exigem para ocupação de cargos chaves, que os empregados exerçam algum tipo de trabalho voluntário, social e apoio, que transmita valores, ética, educação e holismo na comunidade. Isto é tendência global. Bill Gates e Obama, grandes líderes do séc. XXI são apologistas destas práticas. Temos o dever de fazer algo para a população carente. No Brasil Antônio Ermírio de Moraes dono do Grupo Votorantim, dedicava parte de seu tempo ao hospital da Beneficência portuguesa, Eliezer Batista ex-presidente da VALE, ao Instituto de caridade Jutta Batista, nome de sua esposa e Ayrton Senna tem seu instituto administrado por sua irmã de ação social.

BILL GATES UM DOS MAIORES APOIADORES DO VOLUNTARIADO DO PLANETA

Assim como muitos outros famosos. Portando uma realidade que tende a chegar cada vez mais nas empresas formando o seu capital Humano, comunitário e operacional com empregado competente dentro e fora da indústria. Homens cidadãos de responsabilidade social, éticos honestos e preocupados com a dimensão humana, o capital humano nacional (população e crianças), que estarão em sintonia com a moderna empresa cidadã que se desenha nesse século XXI. “O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas.” (Peter Drucker).

Acontece – Jornal VALE Trabalho voluntário também é preocupação da VALE em maio de 2003

A Vale tem procurado despertar e incentivar trabalhos voluntários de apoio à comunidade principalmente entre seus empregados. A empresa participa e promove ações com o intuito de ajudar no desenvolvimento social do país. Rowan Araújo, empregado da Vale lotado no Espirito Santo, é um exemplo de que este trabalho tem dado certo. O empregado, que participa de eventos eqüestres, tem mostrado através de suas ações o interesse em participar das atividades realizadas em prol da qualidade de vida das comunidades ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
Preocupado com o bem-estar social, Rowan doou à Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE) um cavalo Lotus 3F. O animal, doado a universidade de Governador Valadares, vai contribuir para a terapia realizada com crianças deficientes. O trabalho de equoterapia servirá para o desenvolvimento da sensibilidade e coordenação motora de crianças de 3 a 11 anos.

Outra boa ação esta sendo realizada em Nova Era. Rowan colocou à disposição da população uma área de 1.100 metros quadrados com redondel e instalação sanitária para que seja feito o tratamento de Equoterapia com as crianças da cidade. Mas, o trabalho não parou por aí, Rowan emprestou também a égua Fragata do Rancho Nevada – um animal muito dócil, segundo ele – para ser utilizada na terapia. Agora, Rowan esta tentando conseguir com o fabricante de arreios especiais para Equoterapia um desconto no preço do produto, a fim de obter o material e facilitar o acesso do tratamento as crianças que portam deficiências.

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