Preços do minério de ferro devem ficar entre US$ 50 e US$ 70 a tonelada no 1º semestre de 2017

Os preços de minério de ferro devem ficar entre US$ 50 e US$ 70 a tonelada a curto prazo, ajudados pela crescente demanda da commodity na China, a maior produtora de aço do mundo. A afirmação foi feita hoje (7) pela BMI Research, empresa especializada em estudos de mercado.

“Esperamos que os preços do minério de ferro sejam comercializados entre US$ 50 e US$ 70 a tonelada no primeiro semestre de 2017, já que medidas adicionais de estímulo chinês apertarão o mercado, dando suporte aos preços nos próximos seis a nove meses”, afirmou a BMI Research, Group, em comunicado.

Entretanto, em 2018, os preços voltarão registrar mínimas devido a um excesso de oferta no mercado transoceânico de minério de ferro, impulsionado pela forte produção na Austrália e no Brasil e pelo enfraquecimento do crescimento do consumo na China, disse a empresa.

“Considerando que nosso cenário anterior esperava que o balanço do minério de ferro afrouxasse no segundo semestre de 2016, pressionando os preços para baixo em 2017, outras medidas chinesas de estímulo à infraestrutura apertarão o mercado, dando suporte aos preços nos próximos seis a nove meses”, declarou a BMI Research.

Os preços do minério de ferro serão suportados pela demanda sustentável de usinas siderúrgicas, que estão recompondo estoques de minério, e pelos preços resilientes do aço chinês que continuam a incentivar sua produção doméstica.

“Nós revisamos a previsão de minério de ferro até 2020 e esperamos que os preços do minério de ferro em média sejam de US$ 55 por tonelada em 2017 e US$ 48 a tonelada em 2018, aumento na nossa previsão anterior de US$ 45 a tonelada nos dois anos, 2017 e 2018”, disse a BMI Research, se referindo aos preços a longo prazo. A revisão nos preços foi provocada pela visão geral da empresa em se tornar mais otimista em relação aos preços dos metais.

“Agora vemos que é provável que as medidas de estímulo à infraestrutura da China continuem fortes até o final de 2017, ao contrário da nossa previsão anterior de que as medidas de estímulo se enfraqueceriam no segundo semestre de 2016”, afirmou.

O mercado global de minério de ferro continuará a ver forte oferta dos países de baixo custo como Austrália e Brasil, segundo e terceiro maiores produtores do mundo, respectivamente, o que só compensará parcialmente a desaceleração da produção chinesa de minério de ferro.

“A partir de 2018, a continuação dos cortes na produção de minério de ferro de alto custo na China e o crescimento lento dos principais produtores irá reduzir o excesso de oferta global e, assim, vai evitar um maior enfraquecimento dos preços do minério de ferro”, disse a BMI Research. Isso vai sustentar a tendência existente de demanda de minério de ferro chinês sendo cada vez mais satisfeita por importações de minério de ferro, ressaltou a companhia.

Nos primeiros nove meses deste ano, as importações de minério de ferro chinesas aumentaram 9,3% na comparação ano a ano, em contraste com o crescimento de 0,5% na produção nacional de aço para o mesmo período.

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