“Em 2018, já tiveram 20 casos suspeitos de leishmaniose e 7 já foram confirmados” em Canaã dos Carajás

A Afirmação foi feita pela vereadora Maria Pereira.

A população de Canaã dos Carajás está preocupada com os casos de leishmaniose/calazar em cachorros, que são transmitidos para  humanos através da picada de mosquitos. O Caso vem tomando as discussões em grupos e redes sociais pelo grande números de animais constatados com a doença no município.

Ontem, 02, na 13ª sessão da Câmara de Canaã dos Carajás, a vereadora Maria Pereira (PDT) apresentou dados em forma de denúncia na tribuna, onde fez cobranças de ações/ação por parte do poder executivo denunciando também, algumas precariedade no Hospital Municipal.

Segundo a vereadora, em 2017 houve 18 suspeitas e 10 casos foram confirmados em pessoas. Já em 2018, até o momento, já tiveram 20 notificações de casos suspeitos sendo que 7 já foram confirmados e estão em tratamento. Os dados foram confirmados pela Prefeitura Municipal.

Agentes de endemia de Canaã dos Carajás já passaram por treinamento e estão em ações constantes no município com o controle químico do mosquito, assegura a Prefeitura.

De acordo o Setor de Vigilância Ambiental, Endemias e Zoonoses do Departamento de vigilância em Saúde de Canaã, estão sendo realizado borrifação química nos quarteirões e ao redor das residências que foram notificados casos confirmados de leishmaniose humana.

O Setor afirmou ainda, que, o borrifamento químico é feito de forma domiciliar tanto fora quanto dentro da residência e, no dia anterior, a equipe passa avisando que no dia seguinte irá acontecer a ação.

Sobre a doença

Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço (hepatoesplenomegalia), perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose visceral, ao sentirem esses sintomas devem procurar o serviço de saúde mais próximo a sua casa o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada.

A transmissão acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos (mosquito palha, tatuquiras, biriguis, conhecidos popularmente) infectados picam cães ou outros animais infectados e depois pica o homem transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. O ciclo biológico do vetor ocorre no ambiente terrestre e passa por 4 fases: ovo, larva, pupa e adulto (forma alada). Desenvolvem-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os flebotomíneos se desenvolvem). O desenvolvimento do ovo à fase adulta ocorre em cerca de 30 dias.

O combate ao mosquito vetor se dá por meio da higiene ambiental (manejo ambiental). Ou seja, por meio de limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os flebotomíneos se desenvolvem) e destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das formas imaturas dos flebotomíneos; limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para o intradomicílio.

Reportagem/Portal Canaã

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