AMC solicita Delegacia do CRM para Parauapebas

Médicos também fizeram solicitações à Semsa e Vale
Foto: Divulgação / AMC

Diante dos desafios que médicos atuantes no município de Parauapebas e na região têm enfrentado, a Associação Médica de Carajás (AMC) partiu em defesa da classe fazendo reivindicações de benefícios à diversos setores. A principal reivindicação é o pedido de instalação de uma delegacia do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Parauapebas, a fim de dar celeridade a diversos trâmites burocráticos e documentais dos profissionais.

Em Parauapebas, mais de 200 médicos prestam serviços à população, seja no SUS ou em serviços particulares, enquanto que há outro efetivo profissional considerável nos municípios circunvizinhos, como Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Canaã dos Carajás, porém eles frequentemente precisam se deslocar à Marabá para acessar os serviços prestados pela delegacia regional. Visando pleitear uma solução às dificuldades, a AMC protocolou um ofício junto ao CRM-PA, solicitando a instalação de uma delegacia em Parauapebas, o que poderá facilitar a aproximação dos médicos desta região às atividades administrativas, judicantes, de fiscalização e de promoção ética.

“Parauapebas é o polo mais próximo dos municípios circunvizinhos em relação à Marabá, dessa forma, a sugestão da instalação de uma delegacia no município, tornará os serviços do Conselho Regional de Medicina mais acessíveis aos médicos e isso gera impacto positivo à população”, argumentou o presidente da AMC, Maryel Vieira Mendes.

Acesso ao Núcleo Urbano de Carajás

Outra demanda apresentada pela AMC, desta vez à Vale, almeja solucionar a dificuldades que os profissionais médicos têm para acessar o Núcleo Urbano de Carajás. Uma das situações relatadas, é dos médicos que atuam como plantonistas no Hospital Yutaka Takeda (HYT), que muitas vezes são impedidos de passar pela Portaria de Acesso a Carajás, em função de problemas na emissão da autorização. Tal impedimento atrasa a entrada no plantão, obrigando outros médicos a aguardar a liberação para poder sair daquele hospital.

“Entendemos que há algumas distorções nessa questão, já que o acesso ao aeroporto é facilitado a qualquer pessoa que diga que vai ao aeroporto. Os médicos vão ao hospital, prestar assistência a pessoas doentes. Além disso, advogados acessam ao Núcleo Urbano de Carajás apresentando apenas a carteira da OAB e nós, médicos, lidamos diretamente com a vida das pessoas, também temos identificação oficial emitida por conselho de classe, tal como os advogados, e nos impôem dificuldade para subir como se tivéssemos algum interesse em causar dano ao patrimônio da empresa ou ao meio ambiente”, declara o presidente.

No documento enviado à mineradora, a entidade pede que seja autorizado o acesso, mediante apresentação da Cédula de Identidade de Médico, expedida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em vez do fornecimento de recorrentes autorizações, tal como já ocorre com advogados que apresentam a Cédula de Identidade expedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Plano de Cargos Carreiras e Remunerações da PMP

A AMC também apresentou uma demanda ao secretário de Saúde, Gilberto Laranjeiras, diante da recente reorgarnização da representatividade da classe médica em Parauapebas. No documento, a associação solicita que seja permitida a participação de um representante da entidade nas reuniões de discussão sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Prefeitura Municipal de Parauapebas, o qual deverá ser reformado este ano.

“Desejamos que haja um canal de comunicação entre a classe médica e o município, bem como a exposição de sugestões que possam ser benéficas aos profissionais, ao serviço público municipal e à população”, reforçou Maryel Mendes.

 

Texto: Erika Sarmanho

 

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