Água em Parauapebas: A Guerra do Cobertor Curto

Por: Chico Brito

É assim com a água: se puxar pra cima descobre os pés, se puxar pra baixo descobre o peito. É que a produção de água tratada para consumo está muito longe de atingir a necessidade da população.

ADMINISTRAR, NÃO POLITICAR
Determinado a trabalhar para suprir as necessidades estruturais do município, já desde os primeiros dias de seu governo Valmir Mariano cobrou sistematicamente resultados positivos da gestão SAAEP, e os resultados apareceram já nos primeiros dias de seu governo.

QUADRUPLICOU
Os18 milhões de litros de água tratada que o SAAEP produzia em janeiro de 2013, na metade de seu governo já se haviam quadruplicado e chegado a 42 milhões de litros. O motivo? Não é segredo que a autarquia via sendo dilapidada anos a fio por ex-vereadores hoje já réus em processos.

PARALIZOU
Foi apenas no final do governo VQM, quando das interferências da Câmara pela nomeação de políticos para gerirem a autarquia, com vereadores pressionando, que o crescimento de oferta de água tratada deixou de acontecer. Paralisou. Era novamente a gestão “política” do SAAEP.

SÓ REMENDOS
E assim, no SAAEP, há mais de um ano não se fazem investimentos. A nova administração municipal se pauta em “fazer política”. O que quer dizer ceder a cada pressão de loteamentos irregulares, de invasões, “fazer acordos” para acalmar a população momentaneamente.

POR ESTE CAMINHO, NEM A ONÇA
Lembrando que esses loteamentos clandestinos, irregulares, essas invasões, todos aconteceram, foram aceitos, “negociados” ou aprovados, exatamente na primeira gestão do atual prefeito. E nesses acordos para escapar do sufoco, atende-se aqui e se deixa faltar lá. E assim segue o bonde.

NÃO É O VICE
Culpar os atuais nomes que estão no comando do SAAEP é injusto, por que, apesar de independente parcialmente, o serviço de saneamento é parte da macro política do prefeito. Não é o vice que estabelece os investimentos de grande porte no setor. E nem tem como.

PRIVATIZAR
Diante deste quadro aventou-se, inclusive na Câmara, a hipótese da privatização, da alienação do saneamento básico. É um caso a se estudar com profundidade. Muitos interessados na aquisição os há. Há alguns anos já grandes empresas do ramo têm procurado investir nisto aqui e na região.

INTERESSADOS
Entre estes, a SANITINS, uma empresa que tem contrato de despoluição do rio Tietê em São Paulo, uma empresa do vice-governador do Alabama – EEUU. Este já viajou com este fim, por duas vezes, a Parauapebas. Uma delas em seu Lear Jet particular, e outra em seu King Air, acompanhado apenas de seu engenheiro de Planejamento, de um intérprete e de um amigo.

ATENÇÃO
O que se tem de atentar é que caso venha a se adotar a opção de privatização, que seja um processo limpo, claro, transparente, sem maracutaias e propinas. Por que verbas públicas, federais, de Ministérios para socorrer o município, avalio eu, no momento atual, são muito, muito improváveis.

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