Vale paga 6,7 salários em participação nos resultados a empregados

Mina S11D Foto: Ricardo Teles

A Vale pagou no dia 1º de março uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos seus trabalhadores de 6,69 salários, resultado que é “um dos maiores dos últimos anos”, segundo Carlos Roberto de Assis Ferreira, diretor tesoureiro do Sindicato Metabase Itabira e Região. O pagamento no ano passado foi de 3,6 salários.

De acordo com o diretor, que é conhecido como Carlão, a Vale não informou o valor que representa o pagamento do PLR aos cerca de 4 mil trabalhadores de Itabira. A unidade da Vale no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais atingiu a produção de 37,8 milhões de toneladas no ano passado, superando em 12,4% o exercício de 2016.

“O pagamento atendeu nossas expectativas, mas temos o entendimento que ainda é preciso melhorar esse programa. Grande parte desse pagamento fica concentrado nas mãos de quem ganha muito, o piso para um trabalhador da Vale aqui em Itabira é de R$ 1.575 na carteira de trabalho”, declarou em contato ao telefone com o Notícias de Mineração Brasil (NMB).

Segundo ele, a grande produção de minério de ferro da mineradora, o preço da commodity que superou a expectativa dos analistas e a variação cambial, além do mérito do próprio trabalhador, foram os motivos que levaram a “um dos maiores pagamentos dos últimos anos”. Carlão afirma, por exemplo, que a mineradora deixou de pagar o PLR em 2015 e que, em 2016, o pagamento foi de 3,6 salários.

Raimundo Amorim, presidente do Sindicato Metabase Carajás, afirmou ao site F5 que o pagamento de PLR da Vale aos trabalhadores da região Sudeste do Pará chegou a R$ 200 milhões, o que seria o maior valor da história. De acordo com ele, a mineradora pagou aproximadamente 5,5 salários para cada um dos cerca de 13 mil trabalhadores das cidades de Marabá, Eldorado dos Carajás, Curionópolis, Canaã dos Carajás e Parauapebas.

Procurada pelo NMB, a Vale não se pronunciou sobre o pagamento de PLR até o momento de publicação desta matéria.

Novo modelo de PLR

Trabalhadores da Vale aprovaram, no final do mês de janeiro, um novo modelo de PLR. A nova proposta apresentada pela empresa tem validade de um ano e basicamente muda o peso de distribuição nas participações. Esse modelo valoriza o resultado do negócio específico: por exemplo, o resultado da produção de minério de ferro não terá influência em outros produtos, como o níquel, potássio, fertilizantes, dentre outros. Cada tipo de produção terá a sua PLR específica, impedindo assim que os trabalhadores que mais produziram repartam o resultado com aqueles que menos produziram.

Além disso, a Vale pretende aumentar o valor a ser distribuído em 10,6%, fixando-o em 7,3% do valor da geração de caixa e que o painel de metas será valorizado, bonificando melhor quem mais pontua. Também propôs alteração na base de cálculo do gatilho, que passa a ser de 50% do FCO – IC (fluxo de caixa operacional menos investimentos corrente) orçado e não mais no lucro operacional liquido. Porém, será mantido o teto para recebimento de 7 salários. Com informações do De Fato Online.

Fonte: Noticias da Mineração

Receba as notícias do Portal Canaã

Siga nosso perfil no Google News

Deixe uma resposta