Mesmo não estando em pauta para a 29ª Sessão Ordinária realizada pela Câmara Municipal, as obras de revitalização da Avenida Weyne Cavalcante têm dado o que falar em Canaã dos Carajás. Tudo porque o local onde está sendo construído o novo estacionamento da cidade é exatamente onde ficava localizado um dos pontos de táxi e mototáxi.
Segundo o cronograma da obra assinada pela arquiteta Lucélia Moreira, o antigo local dos táxis dará lugar a uma praça de convivência, por sua vez, os 17 profissionais seriam realocados para a antiga casa da Brigada de Incêndio. O local passará por uma reforma e abrigará de maneira confortável os trabalhadores. No entanto, o que têm se visto é, segundo alguns vereadores, é um completo desrespeito com as categorias que, segundo parlamentares e trabalhadores, a mudança vem sendo feita e sequer tiveram acesso ao projeto. “Eu estive reunida com esses trabalhadores há algum tempo, tive acesso a documentos, tirei fotos, uma vez que o teto deles estava caindo, eles precisam de um espaço maior e com mais qualidade, então, o governo sentou comigo e falou sobre a revitalização e que as duas categorias seriam beneficiadas. Mas só para se ter uma ideia, o governo nos mostrou um belíssimo projeto, no entanto, de outro espaço na mesma avenida, mas sobre esse trecho ele nunca mostrou “um risco” pra dizer que existe um projeto. Eu não estou culpando a arquiteta, o problema é a falta de comunicação, faltou diálogo entre o governo e a categoria, uma conversa não faz mal a ninguém”, defendeu a vereadora Maria Pereira (PDT).
No uso da palavra, o vereador Walter Diniz também criticou as obras. “Eu acredito que está havendo um equívoco por parte da secretaria pela forma como está sendo feita a demolição daquele prédio, estamos falando de uma categoria que hoje se mantém através do seu trabalho, se falar das pessoas que dependem dessa categoria. Não sou contra que o prédio seja demolido, mas sou contra a forma que tudo está acontecendo em vários sentidos, não se desaloja alguém que está alojado, eu quero chamar a atenção da secretaria responsável [Obras], que primeiro chame a categoria, apresente uma proposto, desde que não chegue e vá empurrando com a barriga”, destacou Walter Diniz (MDB).
Se dirigindo diretamente à Lucélia Moreira, presente durante a sessão, o vereador Baiano do Hospital (PHS), não a isentou da culpa pela obra “mal feita”. “É lamentável o erro que a senhora cometeu com esses profissionais. Eu sugiro que seja feita uma reunião para discutirmos isso”, disse.
Reportagem: Silvia Lopes
