Nos próximos dias, visitar a Casa da Cultura de Canaã dos Carajás passa longe de ser um mero convite e chega a ser uma obrigação para os amantes das artes plásticas da “Terra Prometida” e região.
O que aos olhos de uma pessoa comum, seria descartado como lixo, nas mãos da professora canaãnense Celeste Mendes da Silva e alunos da Escola Teotônio Vilela, localizada na VS-21, Zona Rural de Canaã, tornou-se obra de arte com direito a exposição “Natural de Onde Venho”.
Depois de recolhidos e trabalhados, folhas, flores, frutos, sementes, madeiras, pedras, palhas, conchas, retalhos e serragem ganharam uma nova vida e deram identidade à dezenas de quadros que, pendurados nas paredes da instituição, chamou a atenção de quem esteve no local nos últimos dias, afinal, impossível não se render aos encantos de obras de artistas da terra. “Essa é uma exposição muito legal porque é uma valorização do artista local. A professora Celeste, uma pioneira aqui da cidade, além de tudo, é um artista de mão cheia. Esses quadros foram feitos em conjunto com seus alunos”, explicou o curador da exposição, Fernando Guerra.
A montagem da exposição surte com exaltação não só ao trabalho da professora e de seus alunos, mas também, da importância de se refletir a respeito da preservação do meio ambiente. “A ideia era fazer com que os alunos pensassem sobre o que eles viam do caminho de casa até a escola. Então, eles recolherem alguns materiais que eles encontraram nesse percurso, levaram para a escola e começaram a construir esses quadros de forma coletiva. Aqui nós temos quadros com inúmeras matérias-primas da nossa natureza e que são encontrados com abundância em toda a nossa região”, reforçou
Os quadros ficarão em exposição até o próximo dia dez de outubro na Casa da Cultura. A entrada é franca. “Pedaços de madeira, caroços de fruta, de árvore, de bancos, tudo aqui virou arte”, finalizou.
