Em Parauapebas, enfermeiros do HGP avaliam possibilidade de greve

A situação dos médicos, profissionais administrativos e técnicos de saúde de Parauapebas ligados ao grupo Gamp (Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e a Saúde Pública ) está cada vez pior. Com salários atrasados de até três meses, enfermeiros e técnicos de enfermagem avaliam a possibilidade de paralisar atividades. Eles vão se reunir hoje à tarde, às 14 horas, no Conselho Municipal de Saúde, para decidir sobre paralisação. Outros funcionários, como médicos da maternidade do Hospital Geral, administrado pela empresa, também podem seguir o mesmo caminho.

Uma representante do Conselho Municipal de Saúde que prefere não se identificar informou que a recomendação a todos os funcionários é de “participar da reunião para deliberar o que fazer, decretar um estado de greve, se for o caso, e posteriormente chamar os conselhos, sindicatos, diretores/secretários do Gamp e o Ministério Público para intervir na situação”.

Além dos problemas com o atraso de pagamentos, os profissionais tem que lidar diariamente com a falta de medicamento, insumos e até de receituários. Outro ponto de reivindicação é o acesso ao Gamp. Não está sendo permitida a entrada dos funcionários pela recepção. Agora o acesso de pessoal ficou restrito à rua Belém na parte de trás do hospital, que é escura e onde ocorrem muitos assaltos.

No mês de agosto houve a contratação de enorme escala de enfermeiros e técnicos de enfermagem. Enfermeiros do Gamp relatam que, além dos pagamentos em atraso, alguns profissionais estão sendo pagos por dias trabalhados. “A alegação é que não há dinheiro para pagar a folha desses funcionários. Se não havia a intenção e o compromisso de pagar esses funcionários, porque houve a contratação?”, questionam.

A Maternidade vem perdendo seu corpo clínico desde o início da administração da Gamp por falta de condições de trabalho. Alguns médicos mesmo ainda recebendo seus pagamentos pela Semsa deixaram os plantões por não aceitar que a empresa colocasse médicos não especialistas nos plantões. E agora, os poucos que ainda restam estão saindo por falta de qualquer contrato de trabalho com a empresa.

A Gamp ainda não se pronunciou formalmente sobre a situação da categoria. O Sindicato dos Médicos do Pará acompanha o problema dos profissionais de saúde em Parauapebas, repudia as ações do Gamp e segue na luta por melhorias no serviço.

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