Chico Brito: O momento Político

O PÊNDULO
“….Em minha visão, calcada sobre o lapso de tempo que alcançamos, quero dizer, em que se passa nossa vida, tenho para mim que a característica principal da História é um movimento pendular que a tudo engloba, e em que forças sempre antagônicas compensam os movimentos que vão uma hora para a esquerda outra para a direita. E que quando esse pêndulo atinge o limite da força que o impulsiona, quando ele chega ao limite de tensão, ele retorna. De qualquer modo é sempre a dialética de Sócrates e que encontramos também em Marx.

Essa força que move o pêndulo é fruto do caudal da criação humana, e a criação é obra do poeta, do filósofo, das descobertas da Ciência, dos movimentos sociais, da radicalização ou arrefecimento das ideologias e das religiões.

Assim, depois de um curso desse pêndulo para a esquerda até que chegue ao extremo alcançável ele retomará o movimento à direita para outra vez retornar quando chegar ao limite suportável deste lado, restando a nós observar se o percurso permanece sempre o mesmo ou se ele se amplia a cada ida e volta. Se a cada viagem distende-se mais ou nunca se amplia a distância de seu curso para dar maior potência no retorno.

É aqui então que se estabelece a questão: há progresso na História? Há progresso na Moral?

Visto e lembrado isto observo que a noção de História, qualquer que seja, está intimamente ligada à fé, à confiança ou descrença do ser humano em si mesmo e no mundo, e essa fé ou descrença é estimulante ou inibidora de nossas ações e um ou outro posicionamento nosso está na base dos rumos pelos quais enveredam as civilizações, ou no caso específico do Brasil, pelo qual conduziremos o país”….

 – do livro “PARAUAPEBAS-PARÁ O BRASIL SE ENCONTRA AQUI”. Obra do colunista aguardando publicação.

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