Belém está entre os 10 piores Índices de Saneamento Básico do Brasil

''BELÉM Fica entre as 10 piores no ranking de menos saneamento.''

Belém do Pará, esta entre as 10 piores cidades brasileiras em coleta e tratamento de esgoto. Não sendo a única da região Norte. As capitais Macapá (AP) e Porto Velho (RO) também estão nesse grupo, junto com mais quatro cidades fluminenses, uma do Rio Grande do Sul e uma de Pernambuco. O mais alarmante é que Belém se mantem no grupo das 10 piores entre as movimentações dos anos de 2007 e 2008. A conclusão é do Instituto Trata Brasil, que fez análise de 81 cidades brasileiras, acima de 300 mil habitantes, com base nos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis) de 2009, divulgado pelo Ministério das Cidades.

Os números balizam uma realidade enfrentada diariamente por uma parte da população dessa cidade da Região Metropolitana de Belém (RMB). No item atendimento em água, a pesquisa demonstra que Belém esta entre as 15 cidades que apresentaram atendimento inferior a 80% da população. Nessa categoria, aparecem também as capitais do Acre e de Rondônia.

O Trata Brasil divulgou, com base no Snis de 2009, o índice médio em coleta de esgoto nas 81 cidades pesquisadas, que foi de 57% da população. Belém tem apenas 6% da coleta, segundo informou. O índice de coleta de esgoto igual a zero’, ao lado das cidades fluminenses de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João do Meriti.

No que se refere ao tratamento de esgoto, o índice selecionado pelo instituto apresenta que o volume médio em função da água consumida nas cidades classificadas foi, em média, 39%. Dos 81 municípios, 44 informaram ter o índice de tratamento abaixo da média, entre elas Belém, incluindo ainda as capitais Rio Branco (AC), Macapá (AP), Teresina (PI), São Luís (MA), entre outras. ‘Informaram ter índice de tratamento igual a zero, em 2009, seis cidades: , Bauru, Duque de Caxias, Guarulhos, Montes Claros, São João do Meriti e Porto Velho’, apontou o estudo.

As cidades da região Norte do País são as que mais demoraram em reverter esse atraso no saneamento, conforme avaliou o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos. ‘O saneamento básico não foi prioridade política no Brasil por mais de 20 anos. Então, todas as cidades brasileiras têm problemas em maior ou menor grau. É necessário melhorar rapidamente a capacidade financeira das empresas de saneamento da região para que possam receber recursos em longo prazo e fazer frente aos desafios nessas áreas’, disse.

Carlos atribuiu o baixo investimento em saneamento nos últimos anos em comparação à necessidade das duas cidades melhorarem rapidamente os serviços de atendimento em água e de coleta e tratamento de esgoto. ‘À população cabe cobrar as autoridades locais. A melhoria nesses serviços rapidamente se reverte em melhoria na saúde da população, principalmente na redução dos casos de diarreia, cólera, hepatite A, verminoses, esquistossomose, etc. A região Norte ainda é vítima frequente das doenças de transmissão por água contaminada’, constatou o presidente executivo.

Ações para melhorar o saneamento básico nas regiões.

Cidades Ações Meses
Belém Capacitar os gestores e técnicos municipais e formular a Política Municipal de Saneamento Básico. 12 meses
Macapá Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. 24 meses
Porto Velho Elaboração de projeto para implantação das obras e execução da prestação do serviço público de esgotamento sanitário no Município. 36 meses

 

Veja a reportagem sobre o assunto, que foi destaque no Fantástico.

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