Vale, Cevital e governo do Pará fazem acordo para construir siderúrgica em Marabá

Representantes do governo do Pará, da Vale e da multinacional de agronegócios Cevital assinaram, ontem (13), na sede da Vale, no Rio de Janeiro, um memorando de entendimento para viabilizar a construção e o funcionamento da usina siderúrgica em Marabá (PA). A Cevital quer produzir 2,7 milhões de toneladas de aço, em bobinas, tarugos, blocos, aço em pó e trilhos ferroviários.

As empresas negociaram por meses até chegar ao memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês), que estabelece o interesse da Cevital em implantar o empreendimento e fixa as condições de transferência dos terrenos e licenças da Aços Laminados do Pará (Alpa), pela Vale para a Cevital, além das condições de fornecimento do minério de ferro e transporte ferroviário do minério e do aço pela Vale em favor da Cevital, incluindo transferência de tecnologia, entre outros itens.

Participaram da reunião o diretor-executivo de Projetos de Capital da Vale, Galib Chaim; o diretor-geral de Operações do Grupo Cevital, Adam Iskounen; o representante da Cevital no Brasil, Paulo Hegg, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demachki, à frente da articulação junto às duas empresas.

“Num momento de crise como esse que o Brasil atravessa, esse empreendimento traz vitalidade e anima a todos com relação ao desenvolvimento do Estado”, disse Chaimb.

Segundo Iskounen, o acordo significa mais um importante avanço de um projeto que visa o desenvolvimento do Pará. Segundo ele, o presidente da Cevital, Issad Rebrab, prometeu implantar projetos de desenvolvimento na área de agroindústria no Pará, criando empregos e agregando valores aos produtos do Estado. “Agora esses projetos estão em franco desenvolvimento”, declarou.

Demachki afirmou que ainda há outros passos importantes para o desenvolvimento do Estado, como o que foi dado ontem. “No próximo dia 21, haverá uma reunião em Marabá com a associação comercial e lideranças da cidade pra definirmos alguns pontos importantes. Um processo complexo, grandioso, que exige prudência e bastante trabalho”, ressaltou. Para o secretário, o acordo assinado é mais uma etapa vencida.

Em maio de 2015, o governador do Pará, Simão Jatene e o secretário Adnan Demachki visitaram a Argélia, para conhecer as instalações e as rotinas da Cevital, no segmento do agronegócio. A intenção era atrair uma esmagadora de soja e uma fábrica de margarina para o Estado, o que veio a ocorrer, estando ambas as plantas industriais em processo de licenciamento ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), para instalação no Distrito Industrial de Barcarena, no nordeste do Estado.

Na Argélia, os representantes estaduais souberam que a Cevital tem uma siderúrgica na cidade de Piombino, região de Toscana, na Itália. Com a vinda ao Pará do presidente do grupo argelino, Issad Rebrab, em outubro de 2015, o secretário Adnan Demachki o levou a Parauapebas, sudeste paraense, para conhecer as minas de ferro do Complexo de Carajás e, também, a Marabá, onde estiveram no terreno destinado à construção da Alpa. O governo convidou a empresa para estudar as possibilidades de implantar uma siderúrgica em Marabá, começando os entendimentos com a Vale.

No dia 4 de março deste ano, foi assinado entre governo do Estado, Vale e Cevital, um protocolo de intenções para oficializar o interesse das partes no investimento. A previsão é que os investimentos na siderúrgica cheguem a US$ 2 bilhões. Com informações da Agência Pará.

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