Operações policiais resultam em 26 prisões em Marabá, Santarém, Paragominas e outros municípios

A Polícia Civil, por meio da Diretoria de Polícia Interior, realizou, nesta quinta-feira, 17, seis operações simultâneas em seis regiões diferentes no interior do Estado. No total, 26 pessoas foram presas nas operações realizadas em Marabá, Limoeiro de Ajuru, Soure, Santarém, Paragominas e São Felix do Xingu. Nos últimos 7 dias, 15 operações foram realizadas no interior do Estado, sob coordenação do titular da DPI, delegado José Humberto Melo, resultando em 54 presos pelos crimes de tráfico, roubos e homicídios ligados a milícias. Hoje, mais de 150 policiais civis participaram das operações iniciadas às 6 horas da manhã. Estiveram em atuação policiais civis do interior do Estado, com apoio de policiais civis do GPE (Grupo de Pronto-Emprego), equipe tática da Polícia Civil. As operações visaram dar cumprimento ainda a mandados de prisão e mandados de busca e apreensão por determinação do delegado-geral Alberto Teixeira.

Em Marabá, sudeste paraense, foi deflagrada a Operação “Longa Manus” pela Superintendência Regional do Sudeste Paraense. O objetivo foi dar cumprimento a três mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão resultantes de investigações e de solicitações feitas pela Polícia Civil. Entre os mandados de prisão preventiva, estão José Iran dos Santos Lucena; Mateus da Silva Lucena e Hamilton Silva Ribeiro, apontados como líderes financiadores de grupos de milícia armada que agem no Sudeste do Pará. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Marabá, Parauapebas e Itupiranga. Uma arma de fogo, munição, rádio comunicador e um carro usados em crimes foram apreendidos.

APREENSÕES EM LIMOEIRO DO AJURU
APREENSÕES EM LIMOEIRO DO AJURU

Operação “Red” foi deflagrada em Limoeiro do Ajuru pela Superintendência Regional do Baixo Tocantins para o cumprimento de 22 mandados judiciais. Ao todo, 10 pessoas – oito homens e duas mulheres – foram presas por mandado de prisão preventiva e outros 12 mandados de busca e apreensão relacionados aos crimes de tráfico e homicídios ligados a facções criminosas. Dos presos, cinco foram autuados em flagrante por tráfico de drogas.

Com os presos, foram apreendidos 105 gramas de maconha e 60 gramas de óxi de cocaína, além de uma arma de fogo do tipo revólver calibre 22 e uma munição de arma de fogo calibre .40. Foram 15 equipes de policiais civis da Superintendência Regional, do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação de Abaetetuba) e NAI de Castanhal com apoio de uma viatura da PM de Limoeiro do Ajuru.

EQUIPE POLICIAL EM SOURE
EQUIPE POLICIAL EM SOURE

Em Soure, a Operação Puma II foi realizada pela Superintendência Regional do Marajó Oriental que contou com 25 policiais da região, dentre delegados, investigadores, escrivães e papiloscopista. Ao todo, 12 mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos referentes a crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas comandados de dentro de presídios de Belém. Foram cumpridos os mandados de prisão de Wildsom de Oliveira Vitelli, Eduardo Silva Figueiredo, Thiago Silva da Silva, Wallace Gonçalves Lima, Maurício César Silva Santos, Manoel Pereira da Silva Filho, Thais Silva da Silva, Gerlane Brito Costa, Kátia Simone Santos e Josiane Monteiro da Silva.

Na operação, foram apreendidas drogas, balança de precisão e outros artefatos que induzem à prática do tráfico de drogas. A investigação identificou que a associação criminosa usava a rota da balsa que faz o trajeto do distrito de Icoaraci (Belém) para o distrito de Camará (Salvaterra), para levar droga da capital para distribuição na Ilha do Marajó, principalmente para as cidades de Soure e Salvaterra.

Segundo o delegado Rodrigo Amorim, titular da Polícia Civil em Soure, a investigação começou em novembro do ano passado, com a prisão de um traficante que portava 35 petecas de óxi de cocaína. “A partir dessa prisão, os policiais civis mapearam pontos de vendas e de distribuição de drogas no bairro do Pacoval, no bairro Novo e nas invasões da Alegria e Puá, no município de Soure”, explica o delegado. Nos locais, foram encontrados documentos pelos quais foi possível identificar telefones e a partir daí, o grupo criminoso começou a ser descoberto. Os presos ficarão à disposição da justiça. A operação segue um plano de combate e contingenciamento do tráfico de drogas na porção oriental da Ilha do Marajó, com objetivo de cada vez mais sufocar esse delito, que origina tantos outros na escalada criminosa.

DROGAS APREENDIDAS EM SANTARÉM
DROGAS APREENDIDAS EM SANTARÉM

Em Santarém, oeste do Estado, foi deflagrada a Operação “MDMA” de combate a drogas sintéticas ilícitas realizada pela Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas em conjunto com a Polícia Militar. Durante a ação policial, foi preso Taylor Pereira Lemos com quem foi apreendida uma quantidade elevada de entorpecente sintético.

A droga estava no interior de um apartamento, onde o acusado estava traficando através de telefones e mídias sociais. O preso estava sendo investigado pelas equipes de investigação e inteligência das Polícias Civil e Militar do 3º Batalhão da PM em Santarém. O indiciado mantinha um relacionamento virtual com a clientela por meio de uma loja virtual no Instagram. Após constatar uma possível quantidade de entorpecentes prontos para venda, os policiais realizaram uma incursão e prenderam o acusado.

Segundo ele, o material apreendido fazia parte de uma remessa adquirida por um valor de R$ 10 mil. No momento da prisão, o preso estava acompanhado de outra pessoa que foi conduzida para a Seccional Urbana de Santarém para prestar depoimento como testemunha da prisão. Ainda, de posse do preso, foram apreendidos materiais utilizados como inibidores dos efeitos colaterais causados pelo consumo desse tipo de droga. As ações policiais foram comandadas pelo superintendente regional do Baixo e Médio Amazonas, delegado Jamil Casseb, e pelo delegado Germano do Vale, diretor da Seccional de Santarém.

ARREBITE APREENDIDO EM PARAGOMINAS
ARREBITE APREENDIDO EM PARAGOMINAS

Em Paragominas, nordeste do Estado, foi deflagrada a operação “Rebite” que resultou na prisão de Antônio Luis da Conceição dos Santos, por tráfico de drogas. Após investigação nas imediações dos postos de gasolina do bairro Nagibão, a equipe policial constatou a comercialização ilegal do medicamento Nobésio, popularmente conhecido por “arrebite”. O produto era vendido ilegalmente para caminhoneiros que trafegam pela rodovia BR 010 e que, por conta do consumo do produto, muitos acidentes de trânsito com vítimas fatais ocorreram nas estradas.

“O Nobésio é uma droga sintética classificada como anfetamina e atua no sistema nervoso central estimulando a trabalhar em um ritmo acelerado”, explica o delegado Cristiano Nascimento, da Polícia Civil de Paragominas. Após identificação do endereço do local onde a droga era vendido, a equipe de policiais realizou a prisão em flagrante. Embaixo da cama do acusado, os policiais encontraram 1.375 cartelas do medicamento. Segundo o suspeito, cada cartela é vendida a R$ 20, o que lhe renderia R$ 27,5 mil.

Em São Félix do Xingu, no sudeste paraense, a Polícia Civil prendeu, em cumprimento a mandado de prisão preventiva, Angeliel Saraiva Amaro, de apelido Léo, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. Ele é acusado de, no dia 23 de setembro do ano passado, ter matado Igean Marinho dos Santos e tentado matar Josiel Gomes Ribeiro, de apelido “Nego Dola”, apontados como membros de uma facção criminosa. Além de Angeliel, participaram do crime Jonathan Araújo do Nascimento, de apelido Moreno, preso em 16 de dezembro do ano passado; Lucas Alves Lima, preso em 31 de dezembro do ano passado, e Acelino Cabral Souza, conhecido como “Carajás”, preso no último dia 16.

Segundo o delegado Matheus Omizzolo, as investigações apontaram que os crimes teriam sido praticados por, pelo menos, seis pessoas. O crime foi motivado por disputas entre grupos de criminosos rivais e também pela disputa por pontos de tráfico de drogas em São Félix do Xingu. Estiveram na operação os investigadores Flaytoon e Rafael Marques, escrivães Bruno e Pedro e o papiloscopista policial Bruno Veras. As investigações irão continuar para identificar os demais suspeitos.

Polícia Civil

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