Preservação das Florestas de Carajás é comprovada por estudo científico

Pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV) que realizam estudo científico comparativo de imagens acompanhando a evolução do território banhado pela bacia do rio Itacaiúnas entre 1973 e 2013, comprovam que o conjunto de unidades de conservação de Carajás, protegido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Vale, é o que restou preservado de floresta amazônica.


Preservação das Florestas de Carajás é comprovada por estudo científico
Conjunto de unidades de Carajás, protegido pela ICMBio e Vale, virou uma ilha de florestas cercada por pastos, diz chefe da Flona

Resultados do estudo apontam que a área ao redor do conjunto de unidades de Conservação de Carajás e da Terra Indígena Xikrin foi sendo ocupada ao longo dos anos por pastagens (50,40%) e pela urbanização (0,34%). “O conjunto de unidades de Carajás virou uma ilha, uma ilha de florestas cercada por pastos por todos os lados”, afirma o chefe da Floresta Nacional de Carajás, Marcel Regis.

O artigo científico foi publicado na revista global de Gestão Ambiental Journal of Environmental Management (link: https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2015.11.039). A revista traz pesquisas originais revisadas por pares para todos os aspectos do gerenciamento e do uso gerenciado do ambiente, tanto natural quanto artificial.

Conjunto de Unidades de Conservação de Carajás

O conjunto é formado por dois tipos de unidades de conservação: as de uso sustentável e as de proteção integral. Uso sustentável é como o próprio nome diz, unidade em que é permitido o uso dos recursos naturais, desde que respeitada a legislação ambiental. São assim: a Floresta Nacional de Carajás, que abriga a maior mina a céu aberto do mundo e o S11D, a Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri, onde opera o Salobo, a Floresta Itacaiúnas e a Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado.

Já nas de proteção integral, não há possibilidade de usos e exploração dos recursos naturais, apenas ações como educação ambiental, pesquisa e turismo ecológico. São assim, a Reserva Biológica de Tapirapé Aquiri e o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos (Parna).

O Parna inclusive garante a conservação de uma área testemunho de lagoas, cavernas, fauna e flora típicas presentes somente em formações ferríferas.

Mapas gerados pela interpretação de imagens de satélite constatam que a área protegida pelo ICMBio e Vale é o que resta preservado. Fonte: artigo cientítico Souza Filho et al

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