Sespa anuncia que Pará está preparado para combater o coronavírus

Foto: Divulgação

Descoberto pela primeira vez em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, o surto do novo coronavírus, classificado como Covid-19, vem preocupando autoridades de todo o mundo e especialistas da área médica. São vírus conhecidos por provocar infecções respiratórias e resfriados leves, mas podendo levar à morte. A doença já atinge mais de 118.000 casos em todo o mundo. A partir desses dados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus como uma pandemia.

Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda (16.03), o Brasil conta atualmente com 234 casos diagnosticados com o coronavírus.

Pará
No Pará, até o momento não há casos detectados, porém 16 pessoas com suspeitas estão em análise, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
Em vídeo divulgado recentemente pelo Secretário de Saúde Pública do Estado, Alberto Beltrame, o Governo do Estado comunicou que vem trabalhando desde janeiro para combater o coronavírus, e reafirmou que o Pará está preparado para enfrentá-lo.
“Já preparamos um plano de contingência, onde vários cenários foram desenhados, desde os mais leves e até os casos mais graves. Para cada um deles, existem medidas concretas a serem adotadas. Já treinamos equipes de saúde com a participação de todos os municípios, desde o agente comunitário de saúde até o médico intensivista”, esclareceu.

“Até o momento não temos registros de casos de coronavírus. Mas esse cenário é muito dinâmico e amanhã poderemos ter uma nova realidade. Estamos atentos para tomarmos medidas adequadas para fazer o enfrentamento”, completou Beltrame.
Nesse cenário, é de fundamental importância conhecer melhor sobre a doença para entender as formas de prevenção, e não confundir o vírus com doenças respiratórias comuns no inverno amazônico. Sintomas como febre, tosse, dores na garganta, no corpo, e cansaço são comuns nesta época na região. Mas nem todas as pessoas sabem que existem as diferenças entre os sintomas de gripe, resfriado e coronavírus.

O coronavírus é transmitido da mesma forma que a gripe ou um resfriado comum: pelo contato cara a cara com espirros ou tosse, ou através do contato com secreções de pessoas infectadas. Ele provoca uma infecção muito inespecífica, o paciente tem febre, tosse e mal-estar. Por isso, o cuidado com a higiene das mãos deve ser redobrado. Contudo, o uso do álcool em gel é importante, mas é fundamental lavar as mãos com água e sabão, medidas que ajudam a combater o vírus.

Para ajudar no diagnóstico e saber diferenciar se os sintomas são de gripe ou do Covid-19, é imprescindível verificar se a pessoa visitou regiões com transmissão do coronavírus 14 dias antes de os sintomas aparecerem. Caso contrário, é provável que o individuo esteja com gripe.

Além da lavagem das mãos, existem outras medidas de controle que devem ser seguidas como: proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar; evitar aglomerações em ambientes fechados e contato com outras pessoas. Pessoas com sinais de agravamento do quadro clínico deverão procurar um posto de saúde.

Inverno amazônico
No inverno amazônico surgem outras doenças com sintomas semelhantes, como febre, dor de cabeça e dores musculares e nas articulações, o que requer maior atenção por parte dos profissionais de saúde, evitando que doenças graves como a dengue, zika, chikungunya e leptospirose sejam vistas como viroses. A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela leptospira, bactéria encontrada na urina de roedores, principalmente do Rattus norvegicus (ratazanas de esgoto), e está presente em áreas alagadas. A contaminação ocorre quando pessoas entram em contato com a água contaminada e possuem ferimentos na pele; meio pelo qual a bactéria penetra no organismo.

Nesse período chuvoso é comum ver crianças, jovens e adolescentes tomando banho em áreas de alagamentos e em diversos canais na capital paraense, costumes que parecem brincadeira, mas podem agravar a saúde e deixar sequelas, como insuficiência renal ou hepática e até provocar mortes.

Orientações
Seguem abaixo as principais recomendações de medidas preventivas adotadas pelo Ministério da Saúde.

Medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las.
Além do sabão, outro produto indicado para higienizar as mãos é o álcool gel, que também serve para limpar objetos como telefones, teclados, cadeiras, maçanetas, etc.

Para a limpeza doméstica recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies.
Utilizar lenço descartável para higiene nasal é outra medida de prevenção importante. Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

Para a higienização das louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos.
Além disso, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus.

Produtos de higiene também devem ser comprados e armazenados como uma medida de prevenção. No caso das crianças, recomenda-se que os pais ou responsáveis adquiram fraldas e outro produtos em uma maior quantidade para que se evite aglomerações em supermercados e farmácias.

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