O que as prefeituras fazem com tantos milhões de reais? Com que efetivamente gastam? O que tanto pagam que nunca sobra dinheiro para investir a contento em áreas basilares, como educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura urbana e segurança? Para onde vai tanto dinheiro?
Essas são perguntas cujas respostas viajam na cabeça de milhões de pessoas, mas que os prefeitos enrolam e nunca conseguem responder. Aqui no Pará, não é diferente: as cidades, mesmo as mais ricas, assemelham-se a pocilgas urbanas dada a falta de investimentos públicos. Algumas delas, vergonhosamente, sofrem com mazelas que em outros lugares já foram resolvidas há décadas.
E é exatamente por isso que os municípios paraenses carregam consigo o fardo de serem piores nisso, piores naquilo. Falta gestão competente e consciente no trato dos recursos públicos.
Na última segunda-feira (6), a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) abriu a caixa preta das contas das prefeituras com dados consolidados referentes a 2016. Das 100 mais ricas prefeituras brasileiras, três são paraenses: Belém (15ª mais rica e receita total de R$ 2,7 bilhões), Parauapebas (71ª mais rica e receita de R$ 898,7 milhões) e Marabá (89ª mais rica e receita de R$ 718,1 milhões).
Sobe e Desce
O estudo da FNP, um velho conhecido de prefeitos sem noção (alguns adoram pagar para aparecer por aí), é o prestigiado “Anuário MultiCidades 2018”. Ele traz o ranking dos 100 principais municípios em várias linhas analisadas.
No tocante aos municípios do Pará, algumas conclusões podem ser tiradas com referência a 2016: a Prefeitura de Belém não é tão rica como deveria, já que arrecadou proporcionalmente menos que municípios com seu porte populacional; a Prefeitura de Parauapebas empobreceu numa velocidade assustadora, ainda assim tem riqueza infinitamente acima da média dos municípios em sua faixa de habitantes; e a Prefeitura de Marabá foi a que mais enricou, em termos relativos, entre os municípios do pelotão dos 100 de maior receita.
Fonte/ Meu Parazão
