Empresário Hamilton Ribeiro é preso por comandar esquema de propina na Câmara de Parauapebas

Uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (20) pelo Ministério Público do Pará (MPPA) investiga denúncias de corrupção na câmara de vereadores do município de Parauapebas. A operação foi desencadeada após promotores do MPPA terem acesso a vídeos registrando o pagamento de propinas a vereadores do município.

O empresário preso é Hamilton Ribeiro, proprietário de uma construtora e de uma imobiliária que prestam serviços à prefeitura municipal e é suspeito de comandar um esquema de pagamento de propina na câmara de vereadores. O sobrinho do empresário, Pedro Ribeiro, é apontado como o responsável por fazer os pagamentos ilegais e é alvo de um mandado de prisão temporária da operação.

Flagrante em vídeo
Os vídeos que resultaram na operação do MPPA foram gravados no final de setembro do estacionamento da Câmara Municipal de Parauapebas. Um deles registra Pedro Ribeiro entregando dinheiro ao vereador Maridé Gomes. Outro vídeo registra o encontro de Pedro com o vereador Bruno Soares (PSD). No vídeo, Pedro repassa a quantia de R$ 10 mil a Soares.

Em outra gravação, um homem não identificado conversa com o vereador Ivanaldo Braz (PSDB), presidente da câmara de vereadores do município. O homem afirma ter acesso aos vídeos dos pagamentos de propinas e exige dinheiro de Ivanaldo para não divulgar as imagens.

Investigações
Segundo o MPPA, Hamilton recebeu R$ 126 milhões da Prefeitura de Parauapebas entre os anos de 2013 e 2015, em contratos de pavimentação de estradas, aluguel de veículos e desapropriação de terrenos. Para os promotores, Hamilton pagou propina aos vereadores em troca de apoio da câmara para futuros contratos.

“O empresário Hamilton Ribeiro, nas palavras de seu sobrinho Pedro Ribeiro, tinha a intenção de cooptar todos os vereadores por meio do pagamento de uma mesada, de um ‘mensalão’ no valor de R$ 10 mil reais. É possível afirma que dinheiro público possa ter sido utilizado para pagar os vereadores”, afirma o promotor de justiça Helio Rubens.

Portal Canaã com informação do G1 e MPPA

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