A purpurina, os porres homéricos, as roupas coloridas… O mundo gay, bi, trans. A melhor resposta para o ódio é o amor
Ver tantas cores, almas e vidas se misturando na avenida dos sonhos, na Praça de Eventos, e no coração de toda a gente que insiste em acreditar que de agora em diante tudo vai ser diferente, é um alento, uma esperança. São bandeiras levantadas, nomes de guerra, casais, casos de poliamor… Tudo foi mais colorido por um dia, tudo foi melhor… A guerra parou por um momento pra ver passar todo o brilho, toda a vida e as marcas de luta nessa gente enxotada dos espaços públicos, enxotadas da sociedade…
Essa gente que se recicla, que insiste em lutar mesmo quando não há sol por tudo o que ainda está por vir… Ah, essa gente… Essa gente que emociona quem tem bondade no peito. Milhares que representam milhões que não se acovardam, apesar do ódio, dos pontapés e de tudo o que insiste em dizer que não.
“Somos famílias” eles disseram. “Exigimos respeito”. Algo que deveria nem precisar ser exigido, o é. Imagine a dor da falta de poesia, da falta de compaixão, do preconceito. É preciso ir às ruas, sim! É preciso dar a cara a tapa, sim! Duas, três, quatro mil vezes. Em tempo, quantas forem necessárias. A luta é atual, é viva e é necessária.
Viva a purpurina, os porres homéricos, o mundo colorido. Viva o mundo gay, bi, trans… A melhor resposta para o ódio é e sempre foi o amor. O amor de beijos triplos, de causas que não são capitalistas, nem socialistas, nem comunistas… O amor por causas da humanidade, pelo que é óbvio, pelo justo… Pelo que é certo.
Viva a Parada Gay de Parauapebas! A Parada por mais cores, por mais purpurina, por mais carnavais dentro da gente, nas avenidas e no coração de quem odeia. Viva os trios, os blocos, os biquínis, as minissaias, os tapa-sexos… Que Deus abençoe a putaria!
Que a gente se ame mais, se encontre mais e seja mais feliz. Ah, a gente precisa de mais paradas gays, de mais vidas, de mais momentos em que o amor se refaça em nossos corações.
Por. Kleysykennyson
