Antes cheio de vida, fonte de alimento e água potável para as comunidades ribeirinhas, o Rio Parauapebas vem agonizando ano a ano e o seu volume reduz escala preocupante. Nesta reportagem o Portal Canaã trás imagens inéditas sobre o triste episódio.
Já são três anos que em todos os verões o Rio Parauapebas, simplesmente seca. O Portal Canaã noticiou com exclusividade em novembro de 2015 a maior estiagem já acontecida no Rio Parauapebas, e, em 2016, em menos de um ano, o mesmo caso, o Rio Parauapebas secou, rio este que atravessa o município de Canaã dos Carajás e tem sua nascente em Água Azul do Norte, desaguado no rio Itacaiúnas, no Município de Parauapebas.
O que vem preocupando é que em 3 anos seguidos fato mantém acontecendo, o rio em sua maior integridade encontra-se apartado, seco, sem curso d’água na região de Canaã dos Carajás. Todos os seus afluentes, naquela região, se extinguiram.
Assista o vídeo registrado neste domingo(20):
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“Em se tratando de Parauapebas, o município teve um crescimento enorme na última década e ações de preservação ambiental de sua bacia foram negligenciadas e hoje o que vemos é sua agonia que não começou agora já se arrasta por anos de castigo do desenvolvimento desordenado.” disse o colunista Wander em agoto de 2016.
O Rio Parauapebas
O rio tem 350 quilômetros de extensão e corre na direção sul-norte. É formado pela junção do Ribeirão do Caracol com o Córrego da Onça, ele recebe pela margem esquerda o Córrego da Goiaba, os igarapés Gelado e da Gal e os rios Sossego e Sapucaia.
Pela margem direita recebe o Igarapé Ilha do Coco e os rios Plaquê, Verde, Novo e Caracol. Vale destacar que o Rio Caracol é um e o Ribeirão do Caracol é outro. Em seu alto curso até o Rio Sossego, o Parauapebas é conhecido entre os ribeirinhos como Caracol ou Plaquê. Também recebe o nome de Rio Branco em seus cursos médio e baixo.
Um estudo científico intitulado “Diagnóstico da Qualidade da Água do Rio Parauapebas”, produzido por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), denuncia que o desmatamento das matas ciliares, a atividade mineradora, a retirada de areia e seixo para construção civil e a expansão urbana não planejada, com a invasão irregular da beira do rio, têm causado impactos nocivos ao Rio.
Até quando esse cenário perverso e preocupante irá se manter? Acompanhar a morte progressiva do rio, em doses homeopáticas é masoquismo? Precisamos de uma ampla ação integrada entre os poderes constituídos e setores da sociedade civil organizada, para buscar ações efetivas de controle, preservação e revitalização do referido recurso hídrico.
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Redação/Portal Canaã