Opinião: Câmara Municipal de Parauapebas. O que esperar?

Coluna do Branco

Hoje (15) em sua primeira sessão ordinária (em data excepcional por ter caráter solene) a Câmara Municipal de Parauapebas iniciou os seus trabalhos legislativos. Para o evento de hoje foi realizado um amplo trabalho de divulgação nas redes sociais com informes e até vídeos, que, por sinal, foram muito bem feitos. A expectativa era lotar as dependências da Casa de Leis, o que, de fato, aconteceu.

Além da apresentação dos 15 edis, a população pode conhecer agora em expediente a nova mesa diretora daquele recinto, formada com a seguinte composição: Elias Ferreira de Almeida Filho, como presidente; José Francisco Amaral Pavão, como vice-presidente; José Marcelo Alves Filgueira, no cargo de primeiro secretário e Francisca Ciza Pinheiro Martins, como segunda secretária. Essa composição irá comandar o poder legislativo de Parauapebas pelos próximos dois anos, referente ao biênio: 2017-2018.

Diferente de seu antecessor, avesso aos encontros políticos públicos e solenidades que possam reunir milhares de pessoas, o atual prefeito Darci Lermen, esteve na abertura dos trabalhos legislativos, deixando a sua mensagem em discurso. O mandatário deixou claro que respeitará a independência da Casa de Leis em relação ao Palácio do Morro dos Ventos e ressaltou que irá trabalhar pela parceria entre os poderes citados em prol do município. Fala esperada, sobretudo, em início de gestão dos poderes.

Como já era sabido, tornando-se público ao dia anterior do evento de hoje, a definição do vereador José Coutinho (PMDB) como o líder do governo na Câmara. Por enquanto, com a gestão municipal em “quarentena”, Coutinho terá um início de liderança possivelmente tranquilo, sem maiores transtornos. O cargo de líder não é fácil. Requer grande habilidade política e muitas articulações de bastidores. O critério da escolha seguiu duas bases lógicas: a confiança e a competência, sobretudo, no trato com a política. Não causa surpresa a definição. Boa sorte ao referido vereador.

Quem será oposição? Jogo de aparências?

Com os inícios dos trabalhos, com a mesa diretora formada e definida, resta saber a definição dos espaços de cada edil naquela casa. Conforme abordei semanas após o resultado das urnas para a representação legislativa da “Capital do Minério”, apontei (levando em consideração os desdobramentos políticos à época) os nomes que iriam compor a base e que estariam na oposição e os que estavam ainda “indefinidos”, esperando acordos a serem fechados. Naquele momento o Palácio do Morro dos Ventos contava com oito parlamentares confirmados em sua base, quatro em “órbita” e três adversários políticos.

Informações colhidas pelo blog nos bastidores e com pessoas muito bem informadas e que conhecem como poucos os meandros da política parauapebense, confirmaram a este veículo há três semanas, que já não havia nenhum vereador na oposição. Segundo uma fonte: “todos estão ‘agasalhados’ no governo”. Claro que a oposição será formada. Mas, segundo fontes e na análise de quem vos escreve, tudo poderá não passar de encenação política, uma postura oposicionista pública, mas que nos bastidores será mantida pelos abraços, apertos de mão e contemplação de demandas irão ocorrer, à exemplo do que acontecia no governo passado com muitos edis da oposição.

E o que esperar da nova legislatura? Será uma cópia da tragédia passada? Um período legislativo que Parauapebas ainda tenta se recuperar e busca enterrar. Um parlamento no qual chamei de coautor do caos que o município foi sendo submetido em doses homeopáticas até à derrocada financeira no último trimestre do ano passado. Com o Ministério Público na cola, espera-se que os atos ilícitos que marcaram os últimos quatro anos sejam expurgados daquela Casa de Leis, pelo bem de Parauapebas. Será?

Como cidadão parauapebense me recuso a fazer o jogo pessimista ou torcer contra. Espero que os nobres vereadores consigam – de fato – exercerem seus respectivos ofícios e obrigações. Que legislem em favor de um município em crise e que precisa retomar o seu crescimento. Pior do que a legislatura anterior não pode ficar. Estaremos de olho!

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