Gari dos Rios batalha diariamente para conscientizar a população de Marabá

A rotina dos garis, que atuam às margens dos rios Tocantins e Itacaiunas, não tem nada de imprevisível. Todos os dias a equipe já sabe que vai encontrar o rastro da falta de conscientização de pessoas que frequentam a orla, praias e rios. Diariamente a equipe retira cerca de uma tonelada de lixo, desses locais que deveriam ser preservados pela população. A metade do lixo recolhido, 500 quilos, é composta só de plástico.

O marabaense João Carlos Santos, 40 anos, trabalha há mais de dez anos na limpeza urbana e há três meses faz parte da equipe do projeto “Gari dos Rios”, desenvolvido pela Prefeitura de Marabá, onde atuam seis pessoas. João e os companheiros encontram pelo percurso produtos comuns como garrafas pet, copos descartáveis, embalagens de plástico e latas, mas também retiram objetos inusitados como televisor, fogão e pneus. Além desses, tecido, madeira e palha são encontrados com frequência.

“As pessoas têm de ter mais consciência. Quando tem festa na orla jogam lixo aqui em baixo, até resto de comida. É feio, até os peixes estão morrendo. Eu  fazendo a minha parte, agora falta as pessoas ter mais consciência”, diz o gari.

Jeferson dos Santos é quem coordena a equipe e organiza o cronograma das ações. Ele explica que o serviço é feito nos pontos onde é detectado acúmulo de lixo, mas geralmente a limpeza inicia primeiro nas praias Tucunaré e Geladinho, depois avança para o Balneário das Mangueiras e nos portos, como a Colônia Z-30. Ele ressalta que um dos objetivos do projeto é deixar as praias e a orla mais agradáveis. No entanto, às vezes, bate o sentimento de impotência diante da realidade de todos os dias encontrar muito lixo.

“Todos os dias encontramos lixo, cerca de um container e meio, por dia. Gostaríamos que as pessoas tivessem mais um pouco de conscientização, tentassem manter nossos lugares limpos porque nós recebemos gente de fora, de diversos lugares do Pará e ver essa sujeira não é legal”, observa o coordenador.

Apesar do projeto ter apenas três meses, este tipo de limpeza já funcionava na cidade através do Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM). Na alta temporada do verão, a SSAM atua com três barcos, que medem 12 metros de cumprimento e motor de 13 cavalos de potência. Além disso, a equipe é reforçada por 20 trabalhadores.

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