Governo do Pará anuncia a convocação de mais de 600 novos agentes penitenciários de forma emergencial

A decisão foi tomada após a morte de quatro presos de Altamira durante a transferência para Belém.
Foto: Ricardo Amanajás /Agência Pará

O governador do Pará Helder Barbalho anunciou nesta quarta-feira (31) a convocação de 642 agentes penitenciários classificados no último concurso da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). A decisão foi tomada após a morte de quatro presos de Altamira durante a transferência para Belém. Segundo o governador, os agentes vão se somar aos 485 aprovados no mesmo certame, e que serão empossados no sábado (3), data que foi antecipada pelo Governo do Estado após o massacre em Altamira. Ainda não há previsão para a posse dos agentes excedentes.

“A decisão partiu de um acordo com a Justiça. Chegamos a um entendimento que permitirá que esses excedentes possam se somar aos agentes que já estão no sistema, como também aos concursados que estarão sendo empossados. Buscamos fortalecerá as casas penais, para que elas possam estar estruturadas”, explicou Barbalho em um vídeo publicado nas redes sociais.

Com a convocação dos excedentes, o Governo do Estado vai contar com 1.127 novos agentes penitenciários. O governo também confirmou a chegada de 40 agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuarem em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos.

Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. Na segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.

Fonte: G1.com

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