Avanco mostra, em Londres, que mineração no Brasil é viável

“Se fizemos uma vez, podemos fazer de novo”, declarou Tony Polglase, da Avanco Resources em um encontro sobre mineração no Brasil, em Londres, logo depois do evento Mines and Money, na semana passada. Ele se referia à bem-sucedida construção e comissionamento de uma mina de cobre e ouro em Curionópolis, considerado por muitos na comunidade internacional de investimentos um caso perdido devido aos caos político e aos múltiplos casos de corrupção.

Os feitos da Avanco com a mina de cobre Antas North, em Curionópolis (PA), não devem ser subestimados. A mineradora conseguiu mais de US$ 60 milhões para custear a construção da mina, concluir o projeto no prazo, nove meses, e um pouco mais barato do que o orçado. Além de declarar o início da produção comercial quatro meses depois de produzir o primeiro lote de concentrado.

Foi a primeira vez na carreira de Polglase que resultados tão bons foram obtidos, em especial levando-se em conta que ele esteve envolvido no comissionamento de, pelo menos, sete minas.

A Avanco está agora pronta para produzir 3.000 toneladas de cobre e 1.750 onças de ouro neste trimestre e, assim, ultrapassar a previsão de produção para 2016 em 10%, em parte graças à excelência em engenharia e à habilidade da empresa em lidar com autoridades locais.

“Se você tem um grande projeto e equipe e o financia da forma certa, seja a situação econômica boa ou má, você pode fazer coisas muito boas no Brasil”, disse ele durante o encontro, que foi organizado pela Avanco e pela Horizonte Minerals, uma mineradora de níquel que se prepara para construir um grande empreendimento no Pará, o projeto Araguaia.

Polglase e Avanco estão tão animados que pretendem repetir a dose. A mineradora já iniciou o desenvolvimento do projeto de cobre e ouro Pedra Branca, que vai demandar investimentos de US$ 150 milhões. O empreendimento, em fase de estudo de viabilidade, pode vir a produzir 50.000 toneladas por ano de cobre.

A Avanco quer aproveitar o sucesso de Antas North, que provavelmente não teria sido alcançado sem a ajudar de vários e influentes diretores da empresa estavam radicados no Brasil. Agora, a companhia pode se valer da vantagem da posição alcançada para novos empreendimentos minerários no país.

Polglase afirma que não estaria em frente a um grupo de investidores e financistas, em Londres, defendendo os feitos da Avanco e os atributos positivos do Brasil se não fosse o apoio de ricos acionistas como a Appian Natural Resources, a Greenstone Resources e a BlackRock, investidores especializados no setor mineral. Com informações da publicação Mining Journal, da Aspermont Limited.

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