Após 7 anos, Incra desapropria fazendeiro e deve dar terras ao MST próximo a Curionópolis

No acampamento Frei Henri vivem cerca de 120 famílias, instaladas em uma área dentro do imóvel Fazenda Fazendinha e que pertence ao município de Curionópolis nas margens da rodovia PA-275. Ao poucos as famílias foram erguendo suas casas, muitas de madeira, outras ainda de pau a pique cobertas com palhas, mas pelas ruas, abertas pelas famílias, se observa um trabalho coletivo de autogestão.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tomou posse da área, antes ocupada pelo fazendeiro Darlon Lopes Gonçalves Ferreira, segundo informa sentença do Juiz do Tribunal de Justiça da comarca de Marabá.

Com a posse da terra nada impede o Incra em Marabá transformar o acampamento Frei Henri em assentamento rural.

Nas frentes de muitas casas do acampamento estão as roças de milho, mandioca, cebolinha, maxixe, entre outras. A iluminação mesmo rudimentar foi feita pelos sem-terra, assim como a construção de poços artesianos que através remendos de canos levam água para as casas de forma improvisada. Tudo isso para tentar suprir o mais básico das necessidades onde até o momento não viu a presença do estado como destaca a dirigente do MST.

Ao longo de sete anos muitos conflitos se sucederam no acampamento. Ferreira lembra que as “famílias viveram um estado permanente de terror”. Situação que levou a irmã de Michele Pereira da Silva, 28 anos, mãe de Milena, a ter uma gravidez conturbada por causa dos tiros disparados pelos seguranças da fazenda.

 

Redação/Portal Canaã

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