Por iniciativa do vereador Igor Normando (PHS), a Câmara Municipal de Belém vai convidar o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, a prestar esclarecimento público sobre os índices de criminalidade e assassinatos em massa que vêm ocorrendo em Belém, bem como apresentar ao poder legislativo o planejamento do Estado para sanar esse grave problema social. A realização de sessão especial convocatória ainda terá data e hora a serem definidas.
No requerimento aprovado nesta terça feira, 24, Normando também ressalta que devem participar da sessão o Procurador Geral do Ministério Público Militar, Jaime Miranda; o promotor de Justiça Militar do Estado, Armando Brasil e a presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB Pará, Juliana Fonteles de Lima.
O aumento da violência em toda a capital paraense e o clima de medo e insegurança que toma conta da população motivaram a proposição do vereador. “Belém vive os piores momentos da sua história no que se refere à falta de segurança pública e diante disso o que se vê é a omissão do governo do Estado”, declarou Igor Normando. Para pedir o apoio dos seus pares para a aprovação do requerimento, o parlamentar recorreu a dados sobre o aumento da criminalidade no estado. “Em 2018 já foram registrados 40 assassinatos em Belém. Para se ter uma ideia, em 2017 foram 4.400 homicídios por latrocínio em todo o Pará. Belém já é a décima cidade mais violenta do país, e isso a gente pode ver todos os dias e em toda a imprensa. Enquanto isso o governador do Estado se recusa a aceitar ajuda da Força Nacional e o secretário de Segurança diz que se sente seguro na cidade”, criticou.
A maioria dos vereadores presentes na sessão ordinária da última terça-feira,24, acompanhou a proposta de Igor Normando. Entre eles o vereador Sargento Silvano (PSD). “O secretário realmente precisa vir aqui dar as respostas que a população de Belém espera e precisa. A população não vive mais tranquila nem na porta das suas casas, convive com o medo o tempo todo. Só conta com a misericórdia de Deus mesmo”, disse Silvano.
