Moradores da Cabanagem visitam o Parque do Utinga em Belém

Foto: Ideflor-bio/Ascom

Dezoito moradores do bairro da Cabanagem, em Belém, realizaram na manhã de ontem (09) uma visita monitorada pelo Parque Estadual do Utinga, situado no bairro do Curió-Utinga, em Belém. A maioria deles não conhecia o espaço que abriga uma parte da rica biodiversidade da fauna e flora amazônica, além dos lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pelo abastecimento de água de mais de 70% da população da Região Metropolitana de Belém (RMB). O evento foi realizado em parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas).

A atividade culminou com o encerramento  de uma oficina, promovida pela Semas, que teve duração de uma semana capacitou os comunitários como agentes ambientais. Trata-se de uma ação do Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), do Governo do Estado. Todos os participantes receberam certificados para serem multiplicadores em defesa do meio ambiente, visando a transformação social da comunidade onde vivem.

VISITA – Os moradores ficaram encantados com as belezas naturais do Parque que puderam contemplar durante a visita monitorada, conduzida por técnicos-estagiários da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB), do Ideflor-Bio. O setor é responsável pela gestão de quatro Unidades de Conservação estaduais situadas na Região Metropolitana de Belém (RMB), entre elas o Parque do Utinga.

Presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson ressaltou a importância dos órgãos estaduais realizarem esse trabalho de educação ambiental voltado às comunidades. “Uma das molas mestres nesse processo de transformação perpassa pela educação. Muitos moradores da área metropolitana não conhecem o Parque do Utinga. Não sabem que é uma Unidade de Conservação. É esse envolvimento que a sociedade precisa ter a oportunidade de vivenciar para que posturas sejam mudadas. Com certeza será uma experiência inesquecível. É um momento ímpar para o Estado do Pará. É o que vai estimular outras pessoas nesse sentimento de pertencimento”, pondera.

Os moradores retornaram para as suas casas conhecendo mais sobre a biodiversidade, a importância dos lagos e o trabalho desenvolvido no Parque do Utinga pelo Ideflor-Bio. Após passar mais de 30 anos morando longe da terra-natal, a dona de casa Carmem Leal, 41, retornou de São Luís para Belém há 3 meses e não conteve a emoção ao realizar o sonho de conhecer o Parque. “Fui com meus pais, mas sempre tive o desejo de voltar pra cá com a minha filha Camila Leal, 10, porque é minha cidade. Moro na Cabanagem agora. Sonhava conhecer esse parque. Estou muito feliz”, ressaltou.

TERPAZ – Coordenadora de Educação Ambiental da Semas, Andreia Monteiro, disse que os moradores inscritos na oficina receberam orientações sobre a necessidade de coleta seletiva dos resíduos e da reciclagem, visando a melhoria do meio ambiente, geração de renda e da qualidade de vida da população. O TerPaz é uma estratégia de governo que une ações de segurança pública com ações sociais integradas.

“A Semas iniciou esse trabalho pela Cabanagem, com uma semana de ações na formação de agentes ambientais. Eles serão nossos agentes multiplicadores na comunidade, com olhar voltado para a questão do lixo, da produção de resíduos. Eles tiveram contato com a feira da Cabanagem e viram as condições de funcionamento”, diz. “A Semas vem trabalhando em parceria com o Ideflor-Bio e percebemos a carência do morador da Cabanagem. Hoje vemos eles emocionados, quando encerramos com esse contato com a natureza para eles se sensibilizaram mais ainda de manter o meio ambiente preservado”, pontua a coordenadora.

Uma das lideranças da comunidade, a agente comunitária de saúde Isabeli Coelho, 32, é nascida e criada na Cabanagem e uma das moradoras que não conhecia o Parque do Utinga. Da experiência ficou o desejo de voltar ao Parque. “A nossa intenção é que sejamos protagonistas dessas ações. Uma experiência como essa permite que o morador veja que há muitas boas, como o Parque do Utinga, para que ele tenha outra visão de vida e de mundo e possa se desenvolver economicamente e socialmente”, frisa.

Texto: Pryscila Soares – Assessoria de Comunicação do Ideflor-Bio.

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