52% desaprovam o Governo Jatene na Região Metropolitana de Belém

Além da pesquisa para a disputa ao governo do Pará, em 2018, o Instituto de pesquisas Acertar, levantou e tabulou dados referentes ao processo avaliativo da gestão de Simão Jatene. A análise foi realizada dentro da Região Metropolitana de Belém, zona eleitoralmente favorável ao PSDB e que vem garantindo a manutenção da dinastia tucana no Pará.

Os dados da referida pesquisa começam a apontar mudanças nos rumos. A hegemonia tucana na RMB começa a ser quebrada. O forte marketing, aliado com a concentração de investimentos já não conseguem manter o apoio do eleitorado de Belém e sua área metropolitana ao PSDB.

Assim como na questão da disputa eleitoral, neste (avaliação de governo), foram aplicados 540 questionários, com margem de erro de 4,3% para mais ou para menos, com 95% de confiança. Quanto a avaliação do governo de Simão Jatene, 11,9% dos eleitores entrevistados na RMB, avaliam de forma positiva (ótima ou boa); 33,1% afirmam que a gestão estadual é regular e 52,9% apontam ser negativa (ruim ou péssima). Ou seja, o sinal amarelo (e não é do PSDB) está ligado.

Mas, apesar desse ambiente favorável aos tucanos na região mais populosa e consequentemente o maior colégio eleitoral paraense, a aceitação da atual gestão vem caindo. No âmbito da distribuição do orçamento estadual, historicamente o PSDB criou desequilíbrio na distribuição de ações e investimentos. Neste modelo desigual não há a possibilidade de combater às assimetrias regionais paraenses, pois o orçamento é demasiadamente concentrado em Belém e seus arredores. Isso se reflete nas urnas no âmbito da disputa eleitoral estadual.

Sem o principal colégio eleitoral, sem a forte base de sustentação eleitoral, o PSDB corre sério risco de não manter o seu grupo político no comando do Estado. Os tucanos sabem que não podem contar com outros colégios eleitorais, sobretudo, os do sul e sudeste, majoritariamente contra a dinastia tucana, que mantém essas regiões em intermitente estado de abandono por parte do Palácio dos Despachos.

Sabendo disso, em ano eleitoral, 2018, promete ter um PPA (Plano Plurianual) mais concentrador na questão orçamentária, visando recuperar a musculatura eleitoral perdida na capital e seus arredores. Sem políticas públicas que combatam – de fato – as assimetrias regionais paraenses, o PSDB vem há quase duas décadas promovendo as diferenças regionais, mantendo um desserviço “desenvolvimentista” em solo paraense. Até quando?

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