Pará discute com governo federal projeto de ferrovia que deve gerar 70 mil empregos

São previstos aproximadamente 70 mil empregos diretos e indiretos durante a execução da obra, cujo custo está estimado em 14 bilhões de reais. Ferrovia Paraense foi apresentada, em março deste ano, para executivos de mineradoras que se comprometeram a transportar milhões de toneladas de minério por meio do empreendimento.

Após o lançamento pelo governo federal da concessão apenas do trecho sul da ferrovia Norte Sul, entre os municípios Porto Nacional (Tocantins) e Estrela D’Oeste (São Paulo), cujo edital deverá ser disponibilizado em 14 de novembro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Adnan Demachki, e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) estiveram com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e equipe para tratar do outro trecho da ferrovia, o trecho Norte, que deverá interligar a cidade de Açailândia, no Maranhão, ao porto de Barcarena, no nordeste paraense, mas por intermédio da Ferrovia Paraense, projeto do Governo do Pará já adotado pelo governo federal como a perna norte da ferrovia Norte Sul.

Em 24 de maio deste ano, a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, chefiada pelo ministro Moreira Franco, informou via ofício ao Governo do Pará a intenção de viabilizar o projeto da Ferrovia Paraense. “O projeto ligará a Ferrovia Norte-Sul ao porto de Vila do Conde, razão pela qual o trecho Açailândia a Barcarena não foi qualificado pelo Conselho do PPI no escopo da Ferrovia Norte-Sul”, diz o documento.

Na reunião com o ministro Quintella, esta semana, o secretário Adnan Demachki apresentou o estágio do processo da ferrovia paraense, os estudos de viabilidade, o processo de licenciamento ambiental e a informação dos players interessados. As duas equipes técnicas, do governo federal e do governo do Estado, deverão se encontrar em Brasília numa reunião de trabalho até o final deste mês.

O projeto

O projeto da Ferrovia Paraense prevê 1.312 quilômetros de extensão que passará por 23 municípios, interligando o leste do Pará de norte a sul. O empreendimento conectará Barcarena, no norte do Estado, à Santana do Araguaia, no sul paraense. São previstos aproximadamente 70 mil empregos diretos e indiretos durante a execução da obra, cujo custo está estimado em 14 bilhões de reais.

O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente ao projeto encontra-se à disposição de interessados para consulta no Núcleo de Documentação e Arquivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na travessa Lomas Valentinas, 2717, bairro do Marco, em Belém. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico também informa que o citado documento está acessível no site do órgão.

Por Valéria Nascimento.

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