Presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, empresário Ítalo Ipojucan participou praticamente de todos os encontros ocorridos em Belém, como membro do Grupo Especial convocado pelo governador Simão Jatene destinado a proceder estudos sobre a viabilidade econômica da siderúrgica que o grupo Cevital Groupe, da Argélia, vai implantar em Marabá.
Nas últimas horas, Ítalo Ipojucan manteve contatos com Adnan Demachki, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, visando viabilizar reunião em Marabá com representantes da empresa argelina objetivando expor à classe produtiva regional o estágio em que se encontram os estudos.
Reunião deverá ocorrer ainda neste mês de junho.Denominada de Aços do Pará, a siderúrgica está sendo formatada para ser erguida na área onde deveria ser construída a Alpa.
Como foi amplamente divulgado, em março passado, Governo do Estado do Pará, Vale e Cevital Groupe assinaram um protocolo de intenções que representa um novo passo no processo de implantação de uma siderúrgica em Marabá.O protocolo trata dos parâmetros que embasam o projeto de implementação da siderúrgica, que vinha sendo estudado pela Vale e agora passará a ser conduzido pela gigante argelina.
A Cevital já investiu cerca de US$ 300 milhões, incluindo gastos no desenvolvimento de engenharia, com vistas a construção da siderúrgica em Marabá. Entre os termos do acordo, a Vale coloca a disposição da Cevital, além de cooperação técnica, todos os estudos e projetos já elaborados, a transferência do terreno de sua propriedade que seria destinado a construção da Alpa, suprimento em bases comerciais de minério de ferro e serviços logísticos para o empreendimento, além das licenças ambientais do referido projeto.
Expectativa da Cevital Groupe é que as obras para a instalação da nova siderúrgica comecem nos próximos meses e entre em operação em 2019.A previsão é que os investimentos na siderúrgica somem o montante de 2 bilhões de dólares.Esse valor total também deve ser captado com outros investidores.Quando estiver em funcionamento, a siderúrgica de Marabá deve gerar 2,5 mil empregos diretos, além de seis a oito mil empregos indiretos.
A siderúrgica de Marabá terá capacidade para gerar 2,7 milhões de toneladas de aço com a produção de bobinas de aço, ferro gusa, “biletts”, “blooms”, entre outros.Um dos produtos da siderúrgica de Marabá será também a fabricação de trilhos para a estrada de ferro Carajás.
A Cevital Groupe é líder na Europa na produção de trilhos, com uma fábrica sediada na Itália e agora pretende ser a primeira a produzir trilhos na América Latina. A Cevital também vai disponibilizar aço com preços competitivos para empresas implantadas no polo metal mecânico que deve ser desenvolvido em Marabá, um sonho antigo da população. (HiroshiBogeá)