O fenômeno Bolsonaro precisa acabar! É sério, gente!

Já gastei minutos, horas preciosas fazendo militância contra as ideias bolsonaristas que as pessoas que o idolatram defendem com unhas e dentes nas rodas de conversa e nos meandros mais obscuros das redes sociais. Simplesmente não há resultados significativos. A insistência dessa militância juvenil de sofá beira a psicose e é impossível contemplar saídas alternativas para essa alienação. Eu não sei o que houve com os jovens de hoje em dia, mas no meu tempo (e nem faz tanto tempo assim) a garotada se reunia pra fumar maconha e colocar a cabeça pra pensar. Entenda bem! Não estou fazendo apologia ao uso da maconha! Estou fazendo apologia ao uso do cérebro mesmo. Pois essa meninada que insiste em fazer campanha de graça pra um personagem caricato como esse, apesar de defender uma completa repressão contra as drogas, parece ter tragado uma boa dose de erva com a data de validade expirada. Não me entendam mal, meninos, mas é que no meu tempo a turma queria mesmo era ser livre.

Meninos, não me levem a mal, acho que vocês têm visto memes de Facebook demais. No meu tempo a gente lia Inglês de Sousa (sei que ler não é muito a praia de vocês, mas não custa nada citar) e eu nunca esqueço do conto “O Voluntário” em que um jovem e belo paraense é forçado a lutar na Guerra do Paraguai. Garotada, vocês ficam enlouquecidos quando o Bolsonaro abre a boca pra falar em armas, guerra civil, tortura… Meninos, vocês sabem o que é uma guerra? Já lutaram em uma? Honestamente, eu não sei, não quero saber e tenho até raiva de quem sabe, pois o mundo, pra mim, não devia ser de ódio, mas sim de amor.

Não há uma só enquete que se faça nos vastos campos da internet em que o Jair, a caricatura mal feita do fascismo, não apareça liderando. Que fenômeno é esse? Eu acredito que haja uma explicação e ela talvez se fundamente em uma militância de sofá-cadeira-cama muito bem organizada nos confins das redes sociais. O trabalho é bom, temos que reconhecer. Não gosto nada, mas o trabalho é muito bem feito. Só que quem entende um pouquinho o bê-á-bá da política sabe que a vida real não é uma enquete de Facebook e, provavelmente, o personagem tosco da nossa política não tem nem metade da força que aparenta ter.

Bolsonaro é um fenômeno, mas esse discurso cafona e retrógrado precisa ser extirpado das nossas casas. Ele é honesto? Bom, ele está fora das listas de corrupção, mas alguém que faça uma incitação ao estupro não pode ser considerado honesto por ninguém, mas os defensores dessa cópia mal elaborada de Hitler fecham os olhos para o fato de que ele é réu no Supremo e provavelmente será condenado. E o que é mais triste é que ele não mostra nenhum arrependimento do que falou e os seus seguidores o apoiam nisso. E se o Bolsonaro organizasse um movimento de suicídio coletivo, será que essa turma o acompanharia?

Certo dia, quando eu perdia tempo em um debate com um eleitor do Jair, perguntei o que ele faria com a economia. O mesmo não poupou palavras e disse o seguinte: “f***** a economia! É Bolsonaro 2018!” Com essa figura tosca da nossa política no poder, não duvido muito que o desejo desse eleitor, que parece ter um cérebro roído pelas traças, se torne realidade. Tá vendo? É importante que a gente lute contra esse fenômeno.

Não há projetos econômicos vindos da latrina bolsonarista, nem projetos para a saúde, nem ideias educacionais. Só tratamos de Segurança Pública (e ainda assim de maneira bizarra) quando o caso é Bolsonaro. É muito sério isso e quando questionado a respeito do seu evidente despreparo, Jair é irônico e diz pérolas como “Me coloca numa mesma sala com Lula e Dilma e aplica a prova do Enem. Quem se sair melhor, é presidente!” Oh, deputado o senhor é muito burro! (Perdoe a expressão, tá?) Desde quando o Enem é parâmetro pra qualificação presidencial. Deixe de ser estúpido, vamos combinar isso!

O senhor é o mesmo que disse que não pagaria o mesmo salário de um homem para uma mulher. O senhor disse também: “Tenho 5 filhos: 4 homens e na última, dei uma fraquejada e nasceu uma mulher.” Não sei se vocês lembram, meninos, mas ele falou que gay é gay por falta de porrada. Como tem gente que defende esse crápula ainda? Não dá pra entender! A tese da maconha vencida continua valendo ainda? Talvez sim.

Bolsonaro representa o vazio, o extremismo, a canalhice de sugar o poder público por quase 30 anos e não poder apresentar um só projeto que tenha mudado a vida dos brasileiros. Já pensou se político tivesse uma punição em que o seu direito de concorrer a cargos públicos fosse cassado, caso ele não produzisse nada pro país? Ah, mister Bolsonaro, o senhor estaria encrencado.

Meninos, não levem a mal, mas lá no meu tempo, e nem faz tanto tempo assim, a turma se escondia pra fumar maconha, usar outras drogas, ou mesmo falar sobre elas. Não sei o que há com vocês, meninos, mas vocês hoje usam e falam de droga por onde andam, inclusive nas redes sociais. E a droga que vocês têm utilizado tem nome, sobrenome e 30 anos de congresso sem saber o que fazer. No meu tempo, garotos, os pais proibiam a gente de andar com quem usava drogas. Hoje em dia é melhor deixar o filho andar com um maconheiro do que com um eleitor do Bolsonaro. Das drogas, a mais branda.

Por: Kleysykennyson Carneiro – Escritor, poeta, militante da esquerda, progressista, entusiasta do amor e da paz, pai da Maria e do Raul.

 

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6 thoughts on “O fenômeno Bolsonaro precisa acabar! É sério, gente!

  1. Vai acabar na presidência se idiotas úteis não pararem de ataca-lo sem justificativa válida.
    Papelão desta página. Que tal acabar com o luladrão? Ahhh não! Este manda dinheiro de propina para manter páginas na internet!

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