CARAJÁS DÁ SORTE: Prefeituras de Parauapebas e Canaã recebem bolada épica de royalties

No amanhecer desta quarta-feira (6), as prefeituras de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no complexo minerador de Carajás, receberam fortunas históricas em cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Os royalties, como também é conhecida a Cfem, marcaram o dia de hoje como o maior valor individual já creditado a ambas as prefeituras, sem considerar parcelamento de dívidas de Cfem em atraso — como já aconteceu com Parauapebas em fevereiro e março de 2013. A informação foi levantada com exclusividade pela Associação Paraense de Engenheiros de Minas (Assopem) junto à Agência Nacional de Mineração (ANM), que faz o rateio das cotas da compensação.

A Prefeitura de Canaã recebeu R$ 16,4 milhões. Nunca antes tinha visto tanto dinheiro na vida, e a tendência é aumentar o volume de royalties nos próximos meses, acompanhando o ramp-up da produção de S11D. Para se ter ideia desse valor, a Assopem levantou que exatamente 1.000 prefeituras brasileiras demoram um ano inteiro para arrecadar tudo o que a Prefeitura de Canaã recebeu de uma vez só, hoje, em Cfem.

A Prefeitura de Parauapebas, por seu turno, recebeu R$ 36,1 milhões. As mudanças no cálculo da Cfem para o minério de ferro, principal produto do município, beneficiaram-no e, agora, começam a dar frutos em forma de cifras. A Assopem apurou que a Cfem desta quarta de Parauapebas é maior que a arrecadação inteira que 2.700 prefeituras demoram um ano para ajuntar. As prefeituras paraenses de Piçarra e Ourém (arrecadação anual de R$ 35 milhões), ou Nova Ipixuna (arrecadação anual de R$ 34 milhões), por exemplo, não são páreo para um mero dia comum da Prefeitura de Parauapebas.

Além dessas duas, ficaram milionárias nesta quarta as prefeituras de Marabá (R$ 5,9 milhões), Curionópolis (R$ 1,5 milhão), Oriximiná (R$ 1,2 milhão) e Paragominas (R$ 1 milhão).

Vale lembrar que as prefeituras de Parauapebas e Canaã dos Carajás são, respectivamente, a 6ª e a 12ª mais dependentes de royalties entre os municípios mineradores brasileiros, o que é perigoso haja vista serem os bens minerais recursos esgotáveis. O que é feito com tanto dinheiro é que são elas. (Assopem)

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